BR Distribuidora agora é Vibra Energia: qual o impacto da mudança?

A BR Distribuidora de combustíveis busca mudança de posicionamento da marca como uma empresa de energia, trocando de nome para Vibra Energia.

A BR Distribuidora (BRDT3) anunciou na última quinta-feira (19) sua nova marca corporativa. A partir do anúncio, a companhia passou a se chamar Vibra Energia. A alteração no nome evidencia as outras frentes da companhia e ainda representa um novo capítulo na história corporativa, após a saída da Petrobras (PETR3; PETR4) no final de junho do capital da empresa.

A mudança ocorreu às vésperas do anúncio do no plano estratégico da empresa Vibra, com previsão para divulgação em 1 de setembro. A estratégia visa reforçar o posicionamento da empresa não apenas como distribuidora de energia, mas como uma empresa de energia completa. O plano acontece em um cenário de transição para alternativas para economia de baixo carbono.

A força da marca Petrobras pode se manter em algumas atividades oferecidas pela companhia, mas em caso de redes de postos de combustíveis, se manterá a marca BR, já que é um licenciamento pago pela Vibra Energia.

Qual o impacto da mudança de nome da BR Distribuidora para Vibra Energia?

A transição já vinha se desenvolvendo há vários meses, em um momento onde a mudança para energias renováveis ganha cada vez mais destaque, mas a nova fase se inicia agora. Além da transição no fator energia, a empresa quer focar no relacionamento com o consumidor na sua rede de 8 mil postos de combustíveis e 1,2 mil lojas de conveniência BR Mania.

Com o objetivo de focar no consumidor varejista e corporativo, a companhia ressaltou prezar pela entrega, prazo mais rápido e melhor preço, com o diferencial da sua grande capilaridade logística que conta com uma infraestrutura de armazenamento e transporte robusta.

Segundo Wilson Ferreira Júnior, presidente da Vibra Energia, a mudança de nome é para agregar as aspirações como a parceria com os clientes na transição energética, disponibilizando produtos e serviços para apoiar a mudança.

O presidente da companhia ainda avisou que pretende reforçar o atendimento às demandas para combustíveis que farão a transição para economia de baixo carbono, com opções como gás natural, GNL substituindo o óleo diesel e do óleo combustível para geração e processos industriais.

No início do ano, a companhia concluiu a aquisição de 70% da comercializadora elétrica Targus Energia. A companhia, anunciada em novembro do ano passado, é um avanço no processo de comercialização de energia, já que a companhia deseja oferecer novos produtos B2B para seus 18,5 mil clientes corporativos.

Vibra Energia desenvolve parceria com as lojas Americanas

Outras oportunidades para a empresa serão desenvolvidas, como as lojas de conveniência com parceria com a Americanas (AMER3) que será concluída no próximo trimestre. A parceria tem grande potencial para oportunidades de melhorias, como expandir o número de lojas, atualmente em 1,2. O objetivo é abrir mais mil unidades no período de 4 anos, como anunciado pelo presidente Wilson Ferreira Jr.

Com a parceria das Americanas, a companhia quer aumentar a variedade de produtos e suprimentos na rede de conveniências, melhorando a experiência do usuário. Além disso, as lojas serão compatíveis com as necessidades da microrregião em que estão instaladas. A Vibra quer mudar o conceito de loja de conveniência, com operações compactas, médias e grandes, com mais produtos e melhor preço, para que o usuário dê preferência na hora de efetuar as compras.

Outro ponto destacado pelo presidente da companhia foi o plano de aumento da eficiência, efetuando cortes de despesas, como realizar mudanças nos planos de saúde da companhia e aumento de racionalização no segmento de transporte. Pontuou também a ampliação da fábrica da Lubrax, maior fabricante de lubrificantes do país, com automação e redução de custos, trazendo mais de R$ 100 milhões para a companhia.

Próximos passos da mudança de nome da BR Distribuidora para Vibra Energia

Ações abaixo de 2 reais para você investirO próximo passo para a transição de BR Distribuidora para Vibra Energia na Bolsa é a convocação de uma assembleia que irá aprovar a mudança do código de negociação da companhia, que não deverá mais usar BRDT3.

O Goldman Sachs informou que a mudança de nome na companhia não terá impacto significativo nas ações ou na tese de investimentos do banco. A recomendação de compra e preço-alvo das ações se mantiveram em R$ 36,60.

Segundo o relatório, a empresa continuará utilizando as mesmas marcas no negócio principal, por isso não impacta e forma significativa a performance na renda variável. A recomendação de compra e preço-alvo de R$ 36 é baseado no múltiplo EV/Ebitda de 2022 em 10 vezes.

Ainda segundo o relatório da Goldman Sachs, os principais riscos incluem os níveis de atividade econômica abaixo do esperado, preços mais elevados do petróleo no mercado internacional, intervenção do governo nos preços do diesel e da gasolina e implementação lenta das economias propostas.

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