Garrafa de cachaça sobe 45% em 2 meses supera valorização do Bitcoin e se torna um novo tipo de investimento
Cachaça Weber Haus Diamant 21 years old, lançada em 18 de novembro de 2021 custava R$ 9.948,00 e hoje é comercializada por R$ 12.948,00: uma valorização de quase 45% em apenas dois meses
Enquanto o Bitcoin (BTC) viu seu preço recuar cerca de 23% nos últimos 2 meses um outro ativo ‘alternativo’ e inusitado viu seu valor subir 45% e tem atraído cada vez mais investidores: a cachaça.
Isso mesmo, a cachaça vem se tornando um produto de investimento na medida em que os produtores nacionais desenvolvem cada vez mais produtos exclusivos e selecionados.
É o caso também da Weber Haus Diamant 21 years old. Lançada em 18 de novembro de 2021 em comemoração aos 21 anos da destilaria, a versão com um diamante encrustado custava R$ 9.948,00 e hoje é comercializada por R$ 12.948,00: uma valorização de quase 45% em apenas dois meses.
O mesmo aconteceu com a versão standard, sem o diamante: lançada com o valor de R$ 5.948,00, sua valorização foi de quase 35%, custando hoje R$ 8.948,00.
Exportada para mais de 70 países, a cachaça passou de bebida marginal para patrimônio cultural brasileiro e hoje divide prateleiras com as mais nobres bebidas internacionais. Alambiques espalhados por todo o brasil garantem uma ampla gama de marcas (mais de 5.500) dos mais variados tipos e envelhecimentos.
“Quando lançamos a cachaça Weber Haus extra Premium 12 anos em 2013, ela era comercializada a R$700,00. Hoje, a mesma cachaça é vendida por R$2.700,00 em nossa loja, chegando a ser comercializada por até R$3.600,00 em lojas do varejo. Ou seja, de 400% a 520% de valorização em 9 anos, uma média de 44,5% a 57,7% ao ano. Números alcançados somente nos investimentos de alto risco”, explica Evandro Weber, fundador da Destilaria Weber Haus.
Em 2017, o Clube Weber Haus, onde o cliente adquire o seu barril de carvalho americano com 200 litros de capacidade, na destilaria de Ivoti, que fica no pé da Serra Gaúcha. O barril então é preenchido com a base de todas as variedades da Weber Haus, a cachaça prata.
Em seguida é selado, tradicionalmente com cera de abelha. Uma placa personalizada identifica cada um dos barris e seus respectivos proprietários. Dois anos depois, na versão Premium, cachaça e barril, que passaram juntos no processo de envelhecimento trocando aromas, são entregues aos proprietários.
Quem comprou o barril em 2019 e o deixou envelhecendo por dois anos para obter a versão Premium da bebida pagou R$8.848,00 no barril e cerca de R$2.200,00 nos 200 litros de cachaça, algo em torno de R$11,00 o litro. Hoje, dois anos depois, o barril custa R$16.848,00 e a cachaça nele acondicionada, R$8.000,00 (tomando por base seu valor atual de R$40,00 o litro).
Vinho também é investimento
Outra bebida que se tornou um investimento no Brasil é o vinho fino e, para aqueles que não entendem do assunto mas desejam investir seu dinheiro no segumento a OenoGroup, administradora e gerenciadora britânica de portfólio de vinhos finos, anunciou o lançamento do primeiro crowdfunding de vinhos finos do Brasil.
Esta é a primeira ação da companhia no mercado brasileiro, para todos os investidores. Realizada em parceria com a plataforma Bloxs, a iniciativa visa captar o montante de R$ 5 milhões.
O valor mínimo da cota é de R$ 5 mil e a captação está aberta para investidores de todos os perfis. Juntamente com a Bloxs Capital, foi criada uma estrutura no Brasil para receber os investidores, a Vinhos Finos Capital, uma Sociedade de Propósito Específica (SPE) para esse tipo de operação.
Até o momento, mais de 100 investidores aderiram ao investimento de crowdfunding, que já levantou aproximadamente R$ 1,4 milhão. A rentabilidade-alvo desse projeto, que está aberto até o dia 18 de fevereiro, é de 19% ao ano.
“Trata-se de uma oportunidade única para investidores de varejo e qualificados que desejam entrar no restrito mercado internacional de vinhos finos,”, comenta Victor Hugo Cotoski, executivo sênior da Oeno.
Ainda segundo Cotoski, o objetivo da ação é dar acesso ao brasileiro a um investimento que ofereça diversificação em dólar e em um ativo de baixo risco, que normalmente é apreciado por investidores private ou profissionais com um aporte de investimento significativamente alto, em torno de $500 mil na média.
“Os vinhos, como um investimento alternativo, são classificados como passion investments. Isso porque a motivação de alocar capital neste ativo é a própria paixão do investidor. E ainda, por que esses ativos possuem a escassez como uma variável intrinsecamente relacionada com a oferta e demanda. Ou seja, tendem a valorizar muito no longo prazo”, explica Cotoski.
Os recursos aportados no crowdfunding serão utilizados para aquisição do portfólio de vinhos selecionados pelo mestre de vinhos Justin Knock, responsável pelo departamento de vinhos da OenoFuture em Londres.
Os rótulos adquiridos terão seguro por uma corretora local regulamentada e serão armazenados no Reino Unido, no mais antigo armazém Britânico pertencente à família Real Inglesa, o London City Bond. em perfeitas condições para a conservação da bebida.
As vendas totais devem ocorrer em até cinco anos para compradores de todo o mundo, como grandes redes de hóteis, restaurantes, cassinos, entre outros. Com a venda dos ativos, a OenoFuture receberá uma taxa de performance e o resultado será distribuído aos investidores.
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