Bolsonaro ‘esquece’ que já defendeu Pix e diz: “não tomei conhecimento”
Apesar de já ter defendido o Pix, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse a um apoiador nesta segunda-feira (5) que não sabe o que é o novo meio de pagamentos do BC (Banco Central). A informação é do Valor Econômico.
De acordo com o jornal, um apoiador elogiou o Pix durante conversa com o político em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília. Bolsonaro, no entanto, tentou mudar de assunto.
“Não tomei conhecimento, vou conversar esta semana com o Roberto Campos (presidente do Banco Central)”, falou o mandatário, segundo o Valor.
Presidente elogiou Pix no Twitter no início do ano
Em fevereiro deste ano, mês em que o Pix foi lançado, o discurso do presidente foi diferente. Em publicação no Twitter, ele elogiou o novo meio de pagamento do Banco Central, que vai permitir transações em até 10 segundos.
“Com o PIX, o brasileiro terá mais uma alternativa para efetuar transações, além dos modelos tradicionais já existentes. Pagamentos e transferências instantâneas serão realidade no Brasil”, escreveu Bolsonaro.
Na época, o mandatário publicou também na rede social algumas informações técnicas sobre o meio de pagamento.
“O sistema vai permitir o envio e o recebimento de quantias de forma rápida, inclusive em smartphones. O dia e a hora da transação não importarão, nem se o solicitante e o recebedor da operação têm conta no mesmo banco”, escreveu o presidente.
Cadastro da chave pix foi liberado nesta segunda-feira (5)
O Pix estará disponível para os brasileiros somente no dia 16 de novembro. A partir desta segunda-feira (5), no entanto, empresas e pessoas físicas já podem fazer o cadastro da chave pix.
A chave, de acordo com o BC, é o código que a pessoa usará para fazer transferências. Em resumo, é como o endereço de uma carteira de criptomoedas. No caso do Pix, no entanto, o código pode ser uma numeração aleatória qualquer ou mesmo o CPF, o CNPJ e até o número de celular da pessoa.
Para fazer o cadastro, basta entrar nos canais de comunicação dos bancos, fintechs e cooperativas autorizadas a oferecer o Pix. Vale lembrar que, quando o sistema estiver liberado, pessoas físicas e microempreendedores individuais não pagarão pelas transações. Por outro lado, outras pessoas jurídicas esterão sujeitas a cobranças.
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