BlackRock estabelece novo padrão de tokenização com o sucesso do BUIDL

O USD Institutional Digital Liquidity Fund (BUIDL) da BlackRock se tornou o maior fundo de tesouraria do mundo tokenizado em um blockchain.

Essa conquista ocorre após a superação do Franklin OnChain US Government Money Fund (BENJI) da Franklin Templeton em valor de mercado. O marco destaca um momento crucial na integração da gestão de ativos digitais com os sistemas financeiros tradicionais.

BUIDL da BlackRock atinge 36,5% de crescimento mensal

Lançado há apenas seis semanas, o BUIDL chamou rapidamente a atenção do mercado, acumulando uma capitalização de mercado de US$ 375 milhões. Em contraste, o fundo BENJI, antes líder nesse espaço, atualmente possui uma capitalização de mercado de US$ 368 milhões.

Conforme o analista on-chain Tom Wan, em abril, o valor da BUIDL aumentou 36,5%, passando de US$ 274 milhões para US$ 375 milhões. Em contraste, o crescimento da BENJI foi modesto, e subiu apenas 2,1% de US$ 360 milhões para US$ 368 milhões durante o mesmo período. Além disso, o recente aumento da BUIDL incluiu US$ 95 milhões do token OUSG da Ondo Finance.

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Panorama do mercado de títulos públicos tokenizados por produto
Panorama do mercado de títulos públicos tokenizados por produto. Fonte: Dune

Pioneirismo

A Franklin Templeton foi pioneira no BENJI em 2021, estabelecendo-o como o primeiro fundo registrado nos EUA a alavancar o blockchain público para melhorar o processamento de transações e o registro de propriedade de ações. Os tokens BENJI, baseados nos blockchains Stellar (XLM) e Polygon (MATIC), representam exclusivamente as ações do fundo.

Apesar da abordagem inovadora da BENJI, o BUIDL da BlackRock subiu rapidamente ao topo, destacando a rápida adoção e o potencial do blockchain nos principais serviços financeiros.

O CEO da BlackRock, Larry Fink, defende a tokenização de ativos do mundo real. Ele acredita que as implementações on-chain podem trazer mais eficiência aos mercados de capitais. Esse sentimento está de acordo com a tendência mais ampla de tokenização de ativos, que agora vai além dos títulos do governo e inclui ações e imóveis.

Embora a demanda geral por esses produtos tokenizados permaneça em seus estágios iniciais, segmentos específicos, como exemplificado pela BUIDL, mostram um interesse promissor. Wan ressalta que a liquidez continua sendo a principal preocupação dos possíveis investidores em ações, fundos ou títulos tokenizados.

“Mesmo que os investidores finais sejam cripto nativos, eles relutariam em investir em ações tokenizadas devido à baixa liquidez. Como resultado, cria-se um problema de galinha e ovo. Os emissores não veem um benefício claro em tokenizar seus ativos on-chain com baixa demanda”, disse Wan.

No entanto, ele reconhece o mercado substancial de títulos do Tesouro dos EUA no domínio cripto. Ele então citou o exemplo das participações da Ondo, que custam aproximadamente US$ 350 milhões.

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A proporção de títulos públicos tokenizados aumentou notavelmente, passando de 0,1% em janeiro de 2023 para aproximadamente 1,4% do valor total tokenizado atualmente. Portanto, Wan prevê que essa tendência provavelmente se acelerará, impulsionada pelos avanços tecnológicos e pela evolução das preferências dos investidores.

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