Criptomoedas transcenderão as moedas internacionais, diz CEO da BlackRock
Larry Fink afirma que os investidores globais estão cada vez mais ansiosos para adicionar criptoativos a seus portfólios.
O CEO da BlackRock, Larry Fink, fez novos comentários apoiando o papel das criptomoedas na democratização do investimento em todo o mundo, apontando para o crescente interesse entre os clientes da empresa em ativos digitais.
“Cada vez mais nossos investidores globais estão nos perguntando sobre cripto”, disse Fink durante uma entrevista com a Squawk on the Street da CNBC em 14 de julho. A BlackRock é a maior gestora de ativos do mundo, com mais de US$ 8 trilhões em ativos abrangendo todos os tipos de produtos de investimento.
Na visão de Fink, as criptomoedas têm um “valor diferencial em relação a outras classes de ativos” ao ajudar a diversificar carteiras. “É tão internacional que vai transcender qualquer moeda”, observou o executivo.
Apesar dos comentários pró-cripto de Fink durante a entrevista, ele se recusou a comentar sobre o pedido da BlackRock para um fundo negociado em bolsa (ETF) de Bitcoin à vista nos Estados Unidos, já que o pedido ainda está pendente na Comissão de Valores Mobiliários (SEC).
“Estamos trabalhando com nossos reguladores porque, como em qualquer novo mercado, se o nome da BlackRock vai estar nele, vamos nos certificar de que seja seguro e protegido”, acrescentou Fink.
Vários pedidos para listar um ETF de Bitcoin (BTC) no mercado à vista foram rejeitados pela SEC nos últimos anos. No entanto, o pedido da BlackRock reacendeu as esperanças de aprovação iminente, dado o enorme sucesso do gestor de ativos na obtenção de aprovações de ETFs. De acordo com Eric Balchunas e James Seyffart da Bloomberg Intelligence, a BlackRock entrou com 550 pedidos de ETF e foi rejeitada apenas uma vez.
“Acreditamos que temos a responsabilidade de democratizar o investimento. Fizemos um ótimo trabalho, e o papel dos ETFs no mundo está transformando o investimento. E estamos apenas no começo disso”, afirmou Fink na entrevista.
O pedido da BlackRock foi seguido por várias reentradas para produtos ETF semelhantes nos Estados Unidos. Os gestores de ativos na fila para um sinal verde incluem Fidelity, Bitwise, 21Shares, WisdomTree e Investco, entre outros.
Enquanto os gestores de dinheiro americanos esperam pela decisão da SEC, o primeiro ETF de Bitcoin à vista da Europa deve estrear ainda este ano pela empresa londrina Jacobi Asset Management. O produto estava programado para ser lançado em 2022, mas foi adiado devido ao mercado de baixa. De acordo com Jacobi, a demanda vem mudando gradualmente desde o ano passado.
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