Candidato pró-Bitcoin Javier Milei obtém maioria em eleições primárias na Argentina

O candidato à presidência da Argentina Javier Milei – um libertário pró-Bitcoin e antibancos centrais – obteve a maioria dos votos em uma eleição primária.

Um político argentino que é um notório adepto do Bitcoin (BTC) e pede a abolição do banco central de seu país, assumiu a liderança nas eleições primárias abertas para obtenção da canditatura à presidência do país.

Com mais de 90% dos votos contados, o candidato libertário pró-Bitcoin Javier Milei está liderando com quase 32%. Ele é seguido pelo partido conservador Juntos pela Mudança (Juntos por el Cambio), com pouco menos de 30%, de acordo com dados da Bloomberg.

Enquanto isso, a coalizão de esquerda União pela Pátria (Unión por la Patria) – o grupo do governo em exercício – está em terceiro lugar, com pouco mais de 28,5% dos votos.

O candidato libertário e pró-#bitcoin, Javier Milei, assumiu a liderança nas eleições primárias argentinas.

— Peter McCormack‍☠️ (@PeterMcCormack) 

Milei fundou e lidera a coalizão La Libertad Avanza, que se posiciona como libertária e de extrema direita.

Milei se autodenomina um anarco-capitalista, fez campanha para que o banco central da Argentina fosse abolido por se tratar de uma fraude, e disse que a venda de órgãos humanos é “apenas mais um mercado.”

Milei já disse anteriormente que o Bitcoin é uma reação contra os “golpistas dos bancos centrais” e afirmou que as moedas fiduciárias permitem que os políticos fraudem os argentinos com a inflação.

Javier Milei está concorrendo à presidência da Argentina.

Ele parece entender de dinheiro e que a inflação é um mecanismo injusto que beneficia as elites em detrimento do povo e rouba lentamente seus meios de sobrevivência.

— Alex Stanczyk ∞/21m (@alexstanczyk)

Essa retórica radical tem se mostrado popular entre os eleitores argentinos, que sofrem com uma taxa de inflação anual de 116% – a mais alta em mais de três décadas, que recrudesceu a crise econômica e elevou o custo de vida no país.

A eleição presidencial da Argentina será realizada em 22 de outubro. Se nenhum candidato obtiver pelo menos 45% dos votos, será realizado um segundo turno em novembro.

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