Bitcoin tem 4% de ágio na Argentina, enquanto o peso cai 30%

Os eventos políticos fizeram o peso se desvalorizar em 30% em relação ao dólar americano da noite parao dia.

O Bitcoin (BTC) continua a ser negociado com ágio na Argentina, após uma forte desvalorização da moeda nacional fez com que investidores corressem para um refúgio seguro.

O peso argentino desabou 30%

Os dados da exchange de criptomoedas local Buenbit colocam o mercado de Bitcoin em torno de US$ 11.750 no horário desta publicação em 13 de agosto, comparado os  cerca de US$ 11.330 nas principais exchanges globais.

Quando uma derrota chocante do presidente em exercício Mauricio Macri nas eleições primárias provocou a queda do peso argentino (ARS) na segunda-feira, o ágio do Bitcoin era ainda mais alto, o que fez com que o par BTC/USD ultrapassasse os US$ 12.300 na Buenbit.

Em termos de USD, o colapso do peso foi ainda mais aparente, indo de 45 pesos para uma alta de 59 pesos antes de se estabelecer em 53 pesos.

O principal candidato presidencial da Argentina, Alberto Fernández, também criticou Macri por elevar a dívida de curto prazo para níveis insustentáveis, informa a Bloomberg. Fernández afirmou em uma entrevista com um canal de TV local em Buenos Aires na segunda-feira:

“Ninguém acredita que Macri possa pagar a dívida. Os preços dos títulos indicam que os investidores veem o país como inadimplente”.

No entanto, Fernández acrescentou que ele não quer deixar de pagar a dívida do país.

Bitcoin prospera em tumulto econômico e político, dizem seus defensores

Como os investidores consideram as consequências e a potencial exacerbação se as eleições presidenciais de outubro produzirem resultados repetidos, os defensores do Bitcoin estão de olho na utilidade da criptomoeda no que está se tornando mais um mercado no qual suas vantagens são óbvias.

À medida que os volumes na exchange P2P mostraram sinais de crescimento, o cofundador da Morgan Creek Digital, Anthony Pompliano, sugeriu que o peso poderia ser o primeiro de uma série de moedas fiduciárias em desenvolvimento a se desintegrar.

“Essa poderia ser a primeira de muitas a serem expostas em uma crise cambial?”, “tuitou” ele na segunda-feira.

Como relatado pelo Cointelegraph, a América Latina tornou-se um cadinho involuntário para a adoção do Bitcoin, com a crise da Venezuela liderando o pelotão.

Outras economias sentiram os efeitos colaterais e muitos continuaram interessados ​​no Bitcoin à medida que a fraqueza continua. No início deste ano, o investidor Tim Draper se reuniu com o presidente argentino, Mauricio Macri, para apostar no preço do Bitcoin nos próximos anos.

 

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