Touros massacrados com o preço do Bitcoin que despenca mais de 12% com possível calote de US$ 300 bilhões de empresa chinesa

O temor de que a empresa chinesa Evergrande aplique um possível calote de mais de US$ 300 bilhões levou o mercado tradicional e o mercado de criptomoedas a amargar quedas drásticas em seu valor

O temor de que a empresa chinesa Evergrande aplique um possível calote de mais de US$ 300 bilhões levou o mercado tradicional e o mercado de criptomoedas a amargar quedas drásticas em seu valor.

A expansão da Evergrande foi patrocinada por um endividamento sem precedentes e com isso a empresa tem mais de US$ 300 bilhões em débitos abertos, com juros rolando acima da capacidade de pagamento.

Esse possível calote tem levantado temores de uma quebradeira geral no mercado global e com isso os investidores ficaram apreensivos levando bolsas em todo o mundo a registrar queda em seus mercados.

O Bitcoin (BTC), cada vez mais presente entre portfólio de investidores institucionais, não passou ileso e amargou uma queda de mais de 12% levando o BTC abaixo para a faixa dos US$ 42.400, como aponta Rodrigo Batista, fundador do Mercado Bitcoin e agora CEO da Digitra.com.

“O preço do Bitcoin caiu de forma semelhante a outros ativos, por causa das incertezas do mercado imobiliário chinês. Mesmo ativos como o ouro, visto como um dos mais seguros nos momentos de incertezas, teve uma queda. No fim das contas, o mercado corre para o dólar, o que demonstra o poder econômico gigantesco que os Estados Unidos e sua moeda ainda têm no mundo.”, disse.

Crise na China

“O preço do Bitcoin enfrenta sua segunda grande sell-off e a mais profunda queda desde 07 de setembro. Os touros foram abatidos como carneirinhos indefesos na sua tentativa de sustentar o preço acima de US$ 45 mil. Assim, a resistência de curto prazo dos touros será a área de valor de $ 45,6k”, pontua o analista Jonathan Morgan da FXStreet.

Morgan destaca ainda que embora o BTC não seja um ativo correlacionado, todos os investidores de Bitcoin devem estar cientes das externalidades da crise da dívida Evergrande em todos os instrumentos financeiros, especialmente em instrumentos especulativos como são vistas hoje as criptomoedas.

Ele destaca que se uma liquidação ampla ocorrer nos mercados de ações, então é possível esperar que ocorra uma liquidação mais poderosa para o preço do Bitcoin – dentro da mesma linha e movimento de março de 2020.

O analista aponta que a Evergrande deve dinheiro a cerca de 171 bancos domésticos e 121 outras empresas financeiras e por isso pode haver uma grande crise de crédito em todo o mercado global. Ele destaca que as ações da Evergrande perderam mais de 80% nos últimos 6 meses já como consequência da insolvência da empresa.

“A situação da Evergrande é tensa e vai impactar todo o mercado de investimento global assim como o covid no ano passado. No caso do BTC, se ele testar o suporte em US $ 40 mil, isso provavelmente será impulsionado por mais risco global, aumento do dólar e incerteza sobre a política monetária de Evergrande e do Fed e, portanto, pode esperar nova queda. Os próximos dias serão tensos”, disse o analista Daniel Joe.

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