Bitcoin não possui lastro em nada, afirma professor da FEA USP
De acordo com um professor doutor em economia da USP, o Bitcoin não possui lastro em nada. Em entrevista para a Folha de São Paulo, Roy Martelanc afirmou que quem está analisando investimentos deve considerar os riscos.
Isso porque os investidores atualmente estão preocupados com a aposentadoria. Essa preocupação, em um momento que o país atravessa baixas taxas de juros, apresenta riscos.
Investimentos em mercados como o canábico, ou mesmo o de criptomoedas, podem apresentar oportunidades para alguns. Para um professor doutor da USP, os riscos devem ser muito bem avaliados.
Bitcoin é um ativo sem lastro, afirmou professor da FEA USP
Para o professor doutor em Administração da FEA USP, os investidores de longo prazo devem buscar conhecer o lastro de seus investimentos, algo que o Bitcoin dificilmente teria.
Em entrevista para a Folha de São Paulo, Roy afirmou que as criptomoedas devem ser descartadas como investimentos para quem procura segurança.
Não há valor subjacente[…] Se você me falar que um bitcoin terá valor em 20 anos, eu vou questionar[…] Sem lastro, não há projeções
A previdência era o foco da entrevista, que deve ser precedida por segurança e visar longo prazo. Contudo, analisar a renda variável, como a bolsa de valores, seria uma opção para ser considerada. Mesmo as oscilações diárias não devem ser consideradas por investidores de longo prazo, uma vez que mercados regulamentados possuem bastante informação.
Apesar da falta de regulamentação, o Bitcoin e demais criptomoedas são alvo de estudos diários, com milhares de informações sobre a tecnologia e mercado. O criptomercado, assim como a tecnologia blockchain, é totalmente transparente e busca a construção de uma economia mais justa.
Bitcoin teve desempenho muito superior à bolsa de valores na última década
De fato, analisar o desempenho das valorizações é algo a ser considerado por quem investe a longo prazo. Contudo, segundo uma matéria recente feita pela UOL, mesma organização da Folha de São Paulo, o Ibovespa foi o pior investimento da década.
O campeão de valorização, segundo a UOL, foi o ouro, ativo considerado como a melhor reserva de valor a séculos. O Bitcoin e outras criptomoedas não foram considerados neste estudo. O Bitcoin, entretanto, apontado como sem lastro pelo professor da USP, possui características semelhantes as do mineral, sendo até chamado de “ouro digital” por alguns analistas.
Além disso, o Bitcoin foi considerado, em um estudo recente pela CNN, como o melhor investimento da década. Isso porque a valorização da moeda foi estrondosa, superando ações de empresas gigantes, por exemplo, Apple e Amazon.
Por fim, o lastro do Bitcoin seria a energia gasta com a mineração da moeda, conhecida como Proof Of Work. A moeda digital necessita de energia para funcionar, uma vez que funciona com tecnologia matemática para realizar suas transações. O lastro do Bitcoin também pode ser percebido na criptografia, que dá segurança e confiança à moeda.
Apesar de alguns ainda não compreenderem o potencial, e lastro, do Bitcoin, a tecnologia fecha 2019 como destaque da década. A próxima, que se inicia na próxima semana, poderá marcar a ampla adoção desta moeda por pessoas e comércio.
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