FT critica maximalistas: Bitcoin não pode ser separado de outras criptos

Enquanto dezenas de criptomoedas são criadas por dia, alguns usuários de Bitcoin criaram uma barreira para separar o bitcoin de todo resto do mercado. Chamados de maximalistas, estes afirmam que o Bitcoin é a salvação da humanidade, enquanto todas outras criptomoedas, sem exceção, são golpes.

Um recente artigo do Financial Times (FT), publicado nesta quinta-feira (21), aborda estes pontos defendidos pelos maximalistas. Dentre eles está o fato de que o Bitcoin foi criado quando não existia um mercado.

Ou seja, Satoshi Nakamoto e outros desenvolvedores do BTC não queriam enriquecer com o projeto, ao contrário do que acontece com outras criptomoedas.

Indo além, a matéria também descreve que estas pessoas acreditam que a mineração do Bitcoin garante sua descentralização, isso sem falar na vantagem de ter sido o primeiro de um mercado que ainda não existia.

“Eles afirmam que a forma orgânica como o bitcoin surgiu não pode ser replicada e que, embora o bitcoin possa ser copiado, ele sempre terá uma vantagem de pioneirismo e, portanto, não pode ser derrubado,” aponta Jamima Kelly do Financial Times.

Atacando os pontos mais fortes do Bitcoin

Mesmo que os detalhes acima consigam convencer boa parte de quem estuda o setor, estes não foram suficientes para persuadir a colunista do Financial Times. Segundo Jamima Kelly, o Bitcoin não pode ser separado das outras criptomoedas.

Para provar sua tese, Kelly afirma que ao invés de atacar os pontos mais fracos, focará nos pontos fortes do Bitcoin, ou seja, nas palavras dos maximalistas.

Segundo a jornalista, as origens do Bitcoin não importam. Nakamoto pode ter tido as melhores intenções em criar uma forma de dinheiro justo, mas no final o BTC não apenas não é dinheiro como também “opera em uma estrutura em forma de pirâmide que depende do recrutamento constante de novos membros.”

Seguindo, aponta que o Bitcoin não é realmente descentralizado, já que poucas pools de mineração controlam grande parte da rede. Ainda sobre o tema, cita a “concentração de riqueza” e aponta que a MicroStrategy possui 0,7% de toda oferta do Bitcoin.

Outro ponto abordado é o pioneirismo do BTC. Para Kelly, isso nem sempre funciona e tantas outras criptomoedas já apresentam recursos que o Bitcoin não possui. Como exemplo, cita que o Ethereum tornou-se mais amigável ao meio ambiente com sua última atualização.

“A verdadeira razão pela qual os maximalistas do bitcoin querem separar o bitcoin do resto das criptomoedas é criar a ilusão de escassez em um mundo onde não há nenhuma.”

Por fim, muitos maximalistas vão ler estes argumentos e pensar que os mesmos são tão fracos a ponto de não merecer uma resposta. Não os julgo. É difícil imaginar que em 2022, o BTC ainda seja chamado de piramide.

Fonte: Livecoins

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