Bitcoin perde suporte de US$ 19 mil com ‘recado do Fed’, mas há um detalhe acontecendo com os preços das criptomoedas

Com a previsão de mais juros, mercado de criptomoedas voltou sofrer com a liquidação de posições embora alguns investidores tenham visto oportunidade.

Captar o sentimento do mercado antes que ele se transforme em notícia muitas vezes pode ser o diferencial entre perdas e ganhos na medida em que a grande maioria dos investidores costuma entrar e sair de suas posições após a ampla divulgação de acontecimentos da macroeconomia que impactam diretamente o mercado de criptomoedas. 

Não por acaso, o Bitcoin (BTC) era negociado em torno de US$ 18,6 mil e com baixa de 2,5% na manhã desta quinta-feira (13), apesar de conquistar dominância de mercado ao responder por 40,3% de participação no volume total, que era de pouco mais de US$ 905 bilhões, montante que apresentava queda de 2,18%.

A queda sucedeu a publicação da ata de setembro do comitê de política monetária (Fomc) do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, confirmando as expectativas dos analistas ao defender a necessidade de mais “arrefecimento econômico”, interpretado pelo mercado como mais um aumento na taxa de juros da maior economia do planeta no início de novembro. 

Segundo o documento, o mercado de trabalho ainda está “muito apertado” e os altos salários continuam alimentando a inflação, além da possível vulnerabilidade na economia dos EUA em razão da desaceleração na Europa, prolongamento da guerra entre a Rússia e a Ucrânia e a crise na China

Apesar da retração, a plataforma de análise Santiment observou que o mercado de criptomoedas apresentava um movimento pendular nos últimos dias ao vincular os preços aos sentimentos do mercado nas redes sociais. Segundo a empresa, apesar da previsão de baixa no longo prazo, os preços das criptomoedas subiram quando as redes sociais diziam massivamente que o mercado estava ruim e caíram quando elas demonstravam certo otimismo. 

“Embora o sentimento da multidão de longo prazo tenha permanecido negativo, os swing trades em outubro foram ditados pela frequência com que as chamadas de #bullish e #bearish estão acontecendo. Quando as plataformas sociais mostram muito sentimento de baixa, os preços saltam. Quando em alta, os preços caem”, escreveu a Santiment. 

As principais altcoins por capitalização de mercado também sentiram os efeitos adversos aos investimentos de risco, aos quais as criptomoedas são associadas por grandes players do mercado. O ETH estava precificado em US$ 1.236 (-4,9%), o BNB era transacionado por US$ 260 (4,28%), o XRP estava nivelado em 0,44 (-8,5%), o ADA valia 0,35 (-10,5%), o DOT respondia por 5,80 (-6,8%) e o MATIC estava cotado em torno de 0,73 (-8,8%).

Apesar da baixa mais ampla, algumas altcoins seguiram em direção contrária e, inclusive, apresentaram ganho diário de dois dígitos. Entre eles o AGIX, trocado de mãos por volta de US$ 0,078 (+30%), o WOZX, avaliado em em torno de US$ 0,12 (+14%), e o PIVX, estimado em cerca de US$ 0,27 (+14,4%). 

Um dos destaques era o MDX, token do protocolo formador automático de mercado (AMM) Mdex, que era negociado por cerca de 0,11 e apresentava alta diária de 44%.

Gráfico diário do par MDX/USD. Fonte: CoinMarketCap

Pelo que é possível notar por meio de uma publicação do projeto no Twitter, a alta do MDX coincide com o anúncio de adição de um novo token para negociação na plataforma, o MGLD. 

Na última quarta, um token registrou alta de 52% enquanto o Bitcoin ameaçava naufragar em meio à ata do Fed, inflação nos EUA e previsão de ‘águas turbulentas’ do FMI, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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