Bitcoin ignora proibição da China e taxa de hash se aproxima de recorde

A taxa de hash da rede Bitcoin, que é uma forma de medir do poder computacional do blockchain, recuperou quase completamente o seu nível de maio, quando as autoridades chinesas iniciaram uma repressão à indústria, e se aproxima de um novo recorde.

Na época, a China era a maior mineradora de bitcoin do mundo, respondendo por 71% da taxa de hash global, de acordo com o Bitcoin Mining Electricity Index, compilado pelo Centro de Finanças Alternativas da Universidade de Cambridge.

De maio a junho, a taxa de hash global caiu quase pela metade, segundo dados do pool de mineração BTC.com, enquanto os mineradores chineses se desconectavam em massa para cumprir as ordens do governo. Desde então, a taxa tem aumentado constantemente à medida que as operações de mineração se estabelecem em outros países – os EUA por exemplo, recebeu operações gigantescas do setor.

Nos últimos três dias, a taxa de hash foi em média 182,83 exahashes por segundo, perto do pico de maio de 190,55 EH/s, mostram os dados do BTC.com.

À medida que a taxa de hash aumenta, a dificuldade de minerar um bloco de bitcoin também aumenta, a fim de manter o tempo necessário para minerar um bloco razoavelmente constante.

A dificuldade diminuiu 1,49% em 28 de novembro, após nove aumentos consecutivos, segundo o pesquisador sênior da OKLink, Eddie Wang. A queda coincidiu com ataques generalizados de serviços de domínio às pools de mineração chinesas, disse Wang.

Wang espera que a dificuldade aumente em 4% neste final de semana. Jaran Mellerud da Arcane Research espera um aumento de 7%, citando o site Coinwarz.com.

Mas “mesmo depois desse ajuste, a mineração ainda é tão lucrativa que todo mundo e até suas avós vão querer conectar suas máquinas o mais rápido possível”, disse Mellerud. “Definitivamente parece que a taxa de hash atingirá uma máxima histórica antes do ano novo, a menos que tenhamos outra liquidação brutal de bitcoin logo após o próximo ajuste de dificuldade.”

Texto traduzido por Mariana Maria Silva e republicado com autorização da Coindesk

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok

Você pode gostar...