Alta do Bitcoin é ‘fichinha’: Quem investiu em maconha lucrou até 161.900% em 4 anos

O investidor que tivesse colocado R$ 1.000 há quatro anos atrás nos papéis de algumas destas empresas de maconha teria hoje cerca de R$ 1.619.000.

O Bitcoin vem sendo apontado como um dos investimentos mais rentáveis da década. Assim, em pouco mais de seus 12 anos de existência a criptomoeda que não tinha qualquer valor passou a valer mais de US$ 60 mil.

Assim a criptomoeda que já foi alvo de inúmeras campanhas de criminalização, associada a atividades ilegais e considerada ‘veneno de rato ao quadrado’ hoje é negociada até em Bolsas de Valores como a B3 no Brasil.

Para se ter uma idéia da valorização do Bitcoin, somente nos últimos 4 anos o criptoativo saiu da faixa de R$ 1.700 para mais de R$ 330 mil uma alta de mais de 19.411%, ou seja, quem comprou R$ 1 mil em Bitcoin há 4 anos tem hoje mais de R$ 177 mil reais.

Contudo, outro investimento igualmente criminalizado e que vem ganhando cada vez mais força no mercado financeiro e atraindo alta lucratividade é a indústria da maconha.

A cannabis elevou o seu patamar de droga ilícita para uma indústria séria e promissora com uma sequência de mudanças na legislação de diversos países para liberar o uso medicinal ou mesmo recreativo da erva.

“Isso criou toda uma cadeia de pesquisa, produção e distribuição – empresas sérias, lícitas, que pagam impostos e estão listadas em bolsa de valores”, destaca a jornalista Letícia Camargo.

Maconha como investimento

Camargo pontua que os papéis de empresas que atuam no setor de cannabis já chegaram a valorizar mais de 161.900%. Desta forma o investidor que tivesse colocado R$ 1.000 há quatro anos atrás nos papéis de algumas destas empresas teria hoje cerca de R$ 1.619.000.

No Brasil um dos especialistas no setor é o investidor João Piccioni que recentemente criou uma carteira de ações da indústria de maconha na Empiricus, intitulada MoneyRider.

Piccioni destaca que há três tipos de ações de maconha que podem deslanchar na bolsa em 2021 por terem alguns gatilhos específicos, que podem ser disparados e impulsionar a alta nos ativos.

Entre os tipos de ações ele destaca o das empresas que unem maconha e tecnologia, principalmente no que se refere ao acompanhamento e toda a cadeia de produção da industria já que este é um dos gargalos entre o fornecimento legal e o plantio ilegal.

O especialista também pontua que é preciso ficar de olho nas empresas ligadas aos locais para o cultivo legal e indica fundos de investimento imobiliário que possuem propriedades voltadas para plantação controlada (estufas), energias renováveis e transporte (ferrovias). 

Por último, João está recomendando a compra dos papéis de empresas que estão se tornando globais no desenvolvimento e distribuição de acessórios e insumos de cannabis. 

EUA e a indústria de maconha

Além de Camargo, outros especialistas apontam que os EUA podem ser o grande propulsor de uma grande alta no setor, assim como foram os investidores institucionais americanos para o preço do Bitcoin.

O presidente americano Joe Biden tem acenado positivamente a legalização do setor no país e com a cannabis legalizada, os grandes investidores institucionais, fundos de investimentos e bancos finalmente vão poder colocar “as mãos” nesse mercado.

Embora os EUA já somam 36 Estados onde a maconha foi legalizada, e 15 deles permitem o uso recreativo, ela não é legalizada federalmente, por isso a expectativa é alta com um possível aceno positivo de Biden.

Recentemente a Organização das Nações Unidas (ONU) retirou a cannabis da lista de drogas mais perigosas do mundo, com o objetivo de aumentar o seu uso medicinal.

Além disso, só no Brasil, cerca de 20 mil pessoas usam maconha medicinal para tratamento.

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