Bitcoin valorizou 1.000 vezes nos últimos 10 anos contra apenas 4 vezes do índice S&P 500, revela PlanB
Dados apresentados por PlanB mostram que apesar da correlação do preço do BTC e do mercado acionário estar em alta em 2022, Bitcoin ofereceu retornos muito superiores do que o S&P 500 nos últimos 10 anos.
A correlação do preço do Bitcoin (BTC) e do mercado de ações dos EUA vem rondando suas máximas históricas ao longo de 2022, diante de um cenário macroeconômico bastante desfavorável aos ativos de risco. No entanto, quando comparados sob uma perspectiva histórica, o desempenho da maior criptomoeda do mercado é bastante superior ao índice S&P 500, de acordo com dados apresentados por PlanB, o popular analista criador do modelo de previsão do preço do BTC Stock-to-flow (S2F).
Em uma postagem publicada no Twitter na quarta-feira, 14, PlanB mostrou em um gráfico de correlação linear temporal entre as duas classes de ativos que o Bitcoin valorizou 1.000 vezes nos últimos 10 anos. Ao passo que no mesmo período o crescimento do índice S&P 500 foi de apenas quatro vezes.
S&P500-BTC almost back in line pic.twitter.com/tghGylc4q5
— PlanB (@100trillionUSD) July 14, 2022
S&P500-BTC quase de volta ao eixo
— PlanB (@100trillionUSD)
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Visualmente complexo, o gráfico, que compara o desempenho do S&P 500 no eixo x e do Bitcoin no eixo y ao longo de 10 anos. Em média, um aporte de US$ 1.000 no mercado acionário dos EUA teria rendido US$ 4.000 aos investidores. Já o preço do Bitcoin multiplicou-se por 1.000 – US$ 10 teriam virado US$ 10.000, explicou PlanB, acrescentando que os números revelam uma vantagem “espetacular” para a maior criptomoeda do mercado.
Yup, I forget sometimes that not everybody is here from 2019 or before. This is just ~10 years of S7P500 on x-axis versus BTC on y-axis. S&P from $1K to $4K (4x) and BTC from $10 to $10K (1000x). Just a visual, nothing more nothing less. IMO it’s spectacular.
— PlanB (@100trillionUSD) July 14, 2022
O que isto significa? Seria bom se você pudesse explicar de vez em quando o que você está postando. Estou realmente interessado, mas às vezes é difícil de entender. Bedankt!
— Eray (@Eray58958318)
Sim, às vezes esqueço que nem todo mundo está aqui desde 2019 ou mais. Isso é apenas aproximadamente10 anos de S&P500 no eixo x versus BTC no eixo y. S&P de US$ 1 mil a US$ 4 mil (4x) e BTC de US$ 10 a US$ 10 mil (1000x). Apenas uma visualização, nada mais nada menos. Na minha opinião, é espetacular.
— PlanB (@100trilhõesUSD)
Em uma postagem anterior publicada em 11 de junho, PlanB explicou que o Bitcoin surgiu como um ativo de proteção contra a inflação, com sua política monetária deflacionária baseada em um suprimento fixo e na diminuição da taxa de emissão de novas moedas ao longo do tempo.
O analista fez menções diretas ao presidente do Banco Central (Fed), Jerome Powell, e ao presidente dos EUA, Joe Biden, questionando as justificativas de ambos para a escalada dos preços no país. Segundo PlanB, a maior inflação dos EUA em 40 anos é decorrente da expansão da base monetária patrocinada pelo próprio Fed. Em outras palavras, o analista atribuiu a alta dos preços à política de impressão indiscriminada de dinheiro como resposta aos impactos do coronavírus sobre a economia.
Inflation is NOT transitory. Inflation is NOT caused by Putin. Prices will stay high and increase further. Inflation is always and everywhere a monetary phenomenon. Inflation is caused by central banks debasing currency (money printing). Inflation is why Satoshi created #bitcoin pic.twitter.com/4aFQ68OVUB
— PlanB (@100trillionUSD) June 11, 2022
A inflação NÃO é transitória. A inflação NÃO é causada por Putin. Os preços permanecerão altos e aumentarão ainda mais. A inflação sempre é e sempre será em toda parte um fenômeno monetário. A inflação é causada por bancos centrais que degradam a moeda (impressão de dinheiro). A inflação é o motivo pelo qual Satoshi criou o #bitcoin
— PlanB (@100trillionUSD)
Para ilustrar a postagem, PlanB utilizou um gráfico do Escritório de Estatísticas do Mercado de Trabalho dos EUA demonstrando o declínio histórico do poder de compra da moeda norte-americana, juntamente com uma imagem mostrando como os preços das refeições do McDonald’s custavam apenas frações de dólares no passado. Hoje, um Big Mac custa US$ 5,81 nos EUA (aproximadamente R$ 31) e está proporcionalmente mais caro do que no Brasil, de acordo com dados da Statista.
Correlação em queda
Após a divulgação dos dados da inflação dos EUA na última quarta-feira, 13, a correlação entre o Bitcoin e o mercado de ações atingiu seus níveis mais baixos dos últimos tempos. Enquanto o preço do BTC reagiu negativamente à divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) anualizado de 9,1%, mas imediatamente se recuperou, zerando as perdas e avançando acima da resistência de US$ 20.000, o mercado de ações não acompanhou de forma semelhante a alta da maior criptomoeda do mercado.
Nesta manhã de sexta-feira, 15, o Índice Nasdaq e o S&P 500 operam em alta de 1% e de 1,44%. Enquanto isso, o Bitcoin acumula uma alta intradiária de 3,8%, cotado a US$ 20.914, de acordo com dados. Desde a divulgação do CPI na manhã de quarta-feira, o par BTC/USD apreciou 4,8%, conforme se pode ver no gráfico abaixo.
Gráfico de 1 hora BTC/USDT (Binance). Fonte: Trading View
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