‘Histórico do Bitcoin é de alta volatilidade e é preciso entender se correção muda fundamentos da criptomoeda’, diz head do BTG Pactual

Diretor do BTG Pactual Will Landers analisou a correção profunda do mercado de Bitcoin na última semana.

A correção do Bitcoin na última semana chamou atenção de todos os mercados, inclusive o mercado financeiro, levando diversos especialistas a opinarem sobre os movimentos da maior criptomoeda.

No Brasil, parte dos analistas se debruçou sobre o mercado do Bitcoin para saber se a pressão regulatória da China e os tweets infelizes de Elon Musk vão determinar uma reviravolta no movimento de alta do BTC, que já se estende desde abril de 2020.

O head de venda variável do banco de investimentos BTG Pactual Will Landers falou à Exame Invest sobre a correção, dizendo que a história da criptomoeda já trouxe quedas ainda mais profundas para o BTC, mas que é preciso observar outros fatores para investir neste ativo:

“O histórico do bitcoin é de volatilidade alta. Já vimos várias correções parecidas ou até maiores do que a da semana passada. Mas, antes de qualquer decisão, é preciso entender se as razões que causaram essa retração nos preços do Bitcoin mudam os fundamentos da criptomoeda. Se a resposta for não, vale a pena investir nesses níveis mais baixos vistos alguns dias atrás”

Na semana passada, Elon Musk declarou que a Tesla estava abandonando os pagamentos em Bitcoin por conta do impacto ambiental da mineração de BTC. A decisão causou polêmica, com muitos especialistas rebatendo o dono da Tesla e seus argumentos, comparando o consumo de energia do Bitcoin com o mercado financeiro e de commodities.

Para Will Landers, o mercado de criptomoedas vai se adaptar à demanda por sustentabilidade e que os traders já podem compensar a emissão de carbono ao investir em créditos de carbono tokenizados, por exemplo:

“A fonte da energia usada para a mineração de criptomoedas vai se adaptar às demandas do mercado por energia eficiente – esse é um processo em andamento, que vai muito além do mundo de criptomoedas”

O head de renda variável ainda ressaltou que a volatilidade do BTC exige que o investimento faça parte de uma carteira diversificada, administrando os riscos:

“Dada a alta volatilidade, é preciso calibrar este investimento dentro de seu orçamento de risco e dentro de uma carteira diversificada”

O BTG Pactual lançou recentemente fundos com exposição em Bitcoin, o BTG Pactual Bitcoin 20 FIM, com exposição de 20% na criptomoeda e 80% em renda fixa, e o BTG Pactual Bitcoin 100 FIC FIM, com 100% de exposição à criptomoeda (aporte mínimo de R$ 1.000, restrito a investidores profissionais), ambos autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários:

“As maiores vantagens são a facilidade de se comprar um fundo, em reais, sem a necessidade de abrir uma conta em exchanges, corretoras especializadas nisso, e sem os custos adicionais de câmbio. Além disso, tem a certeza de investir em um produto seguro, com uma gestão profissional envolvida”

Na semana passada, o BTG Pactual movimentou o mercado de criptomoedas brasileiro ao anunciar a compra do grupo empresarial dono da empresa de educação financeira Empiricus, da gestora de investimentos Vitreo e dos portais MoneyTimes e SeuDinheiro.

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