Drible do Bitcoin: Ex-jogador de futebol é denunciado por lavagem de dinheiro com BTC

Ex-jogador do Grêmio e da Seleção Brasileira, Anderson foi denunciado à Justiça por lavagem de dinheiro com Bitcoin.

Depois de encerrar a carreira precocemente e de forma melancólica, o ex-jogador Anderson Luis de Abreu Oliveira volta às manchetes sob acusação de estar envolvido em uma série de crimes financeiros, entre eles lavagem de dinheiro ilícito através da compra de Bitcoin (BTC). 

Ex-jogador futebol com passagens por Grêmio, Internacional, Manchester United e Seleção rasileira, Anderson foi denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), ao lado de sete outros acusados, por suspeita de envolvimento em crimes como furto qualificado, organização criminosa e lavagem de bens, direitos ou valores.

Andershow, como era conhecido logo que despontou nos gramados, aos 16 anos, parece ter transposto a habilidade dos tempos em que surgiu como uma promessa do futebol brasileiro e agora é acusado de um crime de R$ 35 milhões – desvendado pela Operação Criptoshow.

Deflagrada em 25 de junho de 2020, já no primeiro momento a operação teve o apartamento de Anderson em Porto Alegre como um dos alvos dos 13 mandados de busca e apreensão expedidos pela justiça.

De acordo com a denúncia, o desvio do dinheiro se deu através de duas operações tecnologicamente sofisticadas. Na primeira, o dinheiro foi desviado da conta bancária de uma grande empresa através de 11 transferências eletrônicas (TEDs) que foram encaminhadas de forma maliciosa a seis empresas localizadas em quatro cidades diferentes – Porto Alegre, Cachoeirinha, São Paulo e Porto Velho. 

A mesma técnica foi usada na segunda operação, cuja vítima foi uma empresa diferente. A investigação revelou ainda que foram realizadas operações de lavagem do dinheiro roubado através da aquisição de criptomoedas em corretoras do Brasil e do exterior.

Em declaração ao site GE.com, Anderson alegou inocência e revelou fazer investimentos em criptomoedas desde 2019. Disse ainda que uma empresa de sua propriedade vendeu Bitcoins a um dos acusados, mas afirmou que não tinha conhecimento de que se tratava de dinheiro de origem ilegal.

A primeira acusação contra Anderson de participar de uma fraude envolvendo contas da metalúrgica gaúcha Gerdau veio a público em julho, como noticiou o Cointelegraph Brasil.

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