Bitcoin bate US$ 14 mil, maior preço desde janeiro de 2018; entenda a alta
O preço do bitcoin superou os US$ 14.000 às 7h05 deste sábado (31). O BTC não era negociado acima desse patamar desde o janeiro de 2018. No Brasil, a criptomoeda rompeu os R$ 80.000 e registrou novo recorde histórico.
O bitcoin vem em um rally de alta desde o crash de março, durante o auge da pandemia do corona vírus. Na época, o preço chegou a cair 50% em apenas um dia, levando a moeda a ser negociada abaixo dos US$ 4.000. Desde então, o ativo já valorizou mais de 250%. O acumulado do ano, no entanto, é de 98%.
De março até maio ele se recuperou do crash, onde ficou por dois meses sendo negociado na casa dos US$ 9.000. Em agosto o mercado voltou a se animar, dando início a um movimento de alta que dura até hoje.
O que está por trás da alta recente
A entrada de grandes investidores institucionais está movimentando o segundo semestre do mercado de criptomoedas.
Para começar, em setembro, a empresa MicroStrategy anunciou a compra de US$ 425 milhões em bitcoin. Essa foi a primeira compra pública de uma empresa listada na bolsa do EUA.
Seguindo o exemplo, a Square, que tem como cofundador Jack Dorsey, criador do Twitter, também anunciou a compra de US$ 50 milhões em bitcoin.
Na semana passada, ninguém menos que Paypal também entrou na jogada. A gigante do mercado de pagamentos digitais anunciou que permitirá que seus clientes comprem, mantenham e vendam bitcoin e várias outras criptomoedas diretamente por meio de suas contas.
Por fim, na terça-feira (27), mais duas notícias movimentaram o mercado: O DBS, o maior banco de Singapura e do sudeste asiático, disse que vai lançar uma corretora de criptomoedas. E o JPMorgan, maior banco dos EUA, divulgou ter começado a usar sua criptomoeda pela primeira vez para pagamentos internacionais.
Interesse de Bancos Centrais
Além dos investidores institucionais, bancos centrais do mundo inteiro estão se movimentando para lançar suas moedas digitais o mais rápido possível.
O país que está mais avançado e caminha a passos largos é a China, com o Yuan Digital, que já movimentou US$ 160 milhões na moeda digital. O Banco Central da China já até anunciou que um total de 113.300 carteiras digitais pessoais e 8.859 carteiras digitais corporativas foram abertas até o final de agosto.
Em outra fase de testes, a China distribuiu US$ 1,5 milhão em Yuan Digital entre 50 mil cidadãos selecionados. Eles podiam gastar os fundos de 12 a 24 de outubro em toda a cidade. Cerca de 3.000 comerciantes participaram do teste, atualizando seu sistema de pagamento para aceitar a moeda digital.
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