O Bitcoin e a nota de R$ 200 – como a inflação favorece a adoção do Bitcoin no Brasil
O benefício econômico mais importante do Bitcoin talvez seja a proteção dos seus usuários contra a inflação.
A partir do fim de agosto, os brasileiros poderão circular com um novo tipo de cédula. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou no dia 29 de julho a criação da nota de R$ 200.
Segundo a diretoria de administração do Banco Central, o lançamento da nova nota é uma forma da instituição agir preventivamente para a possibilidade de aumento da demanda da população por papel moeda, por conta dos saques oriundos do auxílio emergencial.
Segundo o BC, entre março e julho deste ano, um dos efeitos econômicos da pandemia de covid-19 foi o aumento de R$ 61 bilhões em notas saindo de circulação, já que a população deixou o dinheiro em casa. A nova nota aparece no mesmo contexto que suas antecessoras de R$ 2 e R$ 20: reduzir a demanda pelas notas de R$ 100 em momento que dinheiro vivo passou a circular mais na economia.
A inflação acumulada desde o lançamento do Plano Real em 07/94 é de 521%, segundo a FGV. Se uma nota de R$100 valia U$100 em 1994, hoje a mesma nota de R$100 vale apenas U$19,15.
Bitcoin, um ativo anti-inflação
O Bitcoin se destaca como um ativo anti-inflação, justamente pelo seu suprimento total limitado a exatamente 21 milhões de unidades.
Depois de emitida esta quantidade de moedas, o próprio software se encarregará de impedir a emissão de qualquer unidade adicional. Nenhum banco central no mundo possui essa característica.
O que temos visto, tanto no Brasil e no resto do mundo é a impressora estatal imprimindo cada vez mais papel para fazer frente à demanda por mais dinheiro para pagar os custos da pandemia. Os EUA imprimiram mais de de US$ 10 trilhões para financiar empresas e cobrir os custos da pandemia.
Uma característica marcante do Bitcoin é possuir um sistema inflacionário controlado, com taxas decrescentes de emissão, em que a extração de novas moedas acontece de maneira previsível ao longo do tempo. Tudo controlado por software e sem interferência humana.
Imagem: blockchain.info
A imagem acima nos dá a real dimensão do qual será o ativo circulante do Bitcoin a 2140, ano no qual sua emissão será encerrada. Qual outra moeda possui tal roteiro estabelecido? Das moedas estatais, nenhuma.
Imagem: Statista
Enquanto a base monetária cresce em linhas azuis, a inflação relacionada com o Bitcoin cai na mesma medida.
O benefício econômico mais importante do Bitcoin talvez seja a proteção dos seus usuários contra a inflação. Pois enquanto o dinheiro estatal sofre o fenômeno inflacionário diminuindo o poder de compra de bens ou serviços. Adotando o Bitcoin, mesmo que não seja como meio de troca, mas como reserva de valor, os efeitos deletérios da inflação monetária protegeria a poupança do investidor.
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