Bitcoin e Ethereum ainda podem cair já que análise destaca aumento na busca por stablecoins
Pesquisa revela que interesse dos investidores está concentrado nas stablecoins enquanto a mídia está interessada apenas em Bitcoin e Ethereum
Apesar da recuperação no valor do Bitcoin e do Ethereum em julho os investidores podem não estar tão empolgados aguardando uma nova alta no mercado de criptomoedas já que um relatório compartilhado com o Cointelegraph revelou que os investidores estão mais interessados em stablecoins do que em BTC e ETH.
Denominado Relatório do Clima Emocional (RCE) o relatório identificou que muitos investidores em todo o mundo estão se preparando para uma baixa de mercado, de duração indeterminada, com alguns afirmando que o declínio no valor dos principais criptoativos pode ainda durar meses.
O relatório foi produzido pela Delta Analytics BV e publicado pela empresa de relações públicas LatAm Intersect PR e também revelou que a mídia e o público nos dois maiores mercados de criptomoedas da América Latina – Brasil e México – estão preocupados com áreas distintas do mercado.
A pesquisa mostra que a imprensa, em ambos os países, tende a se concentrar em Bitcoin e Ethereum, enquanto o público tem se concentrado nas stablecoins
Embora a mídia mexicana tenha cerca de 2.000 pontos de dados a mais que a mídia brasileira (7.730 vs 5.904 para ser mais preciso), em ambos os países elas tendiam a mencionar as duas principais criptomoedas – Bitcoin e Ethereum – muito mais do que as stablecoins
O Bitcoin obteve a maioria das menções na mídia mexicana, com quase um terço (30,4%) (figura 2.) de todas as referências relacionadas à criptomoeda com maior valor de mercado. Na mídia brasileira, as menções foram mais equilibradas entre Bitcoin (20%) e Ethereum (21,2%) (figura 1).
No entanto, também deve-se notar que duas das moedas mais intimamente ligadas à crise criptográfica em curso no ano – Solana e Terra – ainda receberam muita atenção da mídia no Brasil e no México, com a Terra pontuando 20,4% de todas as menções, ligeiramente superior ao Bitcoin (figura 1), e entre a mídia mexicana 15% de todas as menções ( a segunda maior pontuação depois do Bitcoin) (figura 2).
Stablecoins
Porém enquanto a mídia está interessada apenas em BTC e ETH , entre os investidores o assunto é outro: as stablecoins. A USD Coin obteve o maior número de referências em ambos os países (México e Brasil) com uma margem enorme. Pouco mais da metade (53%) de todas as menções no Brasil relacionadas ao ‘stablecoin’ atrelado ao dólar americano (figura 3) e pouco menos da metade (48,8%) de todas as menções no México (figura 4).
Os analistas sugerem que uma interpretação dos dados é que a imprensa está muito mais fixada nas grandes criptomoedas do mercado de bitcoin, como Bitcoin e Ethereum, porque essas são facilmente reconhecíveis, quase um click-bait para um público mais amplo de investidores, curiosos por criptomoedas e mesmo os mais céticos, que talvez estejam desfrutando de alguma satisfação pela desgraça alheia, enquanto lêem sobre a atual crise de criptomoedas.
“O que observamos é que há uma grande divisão entre a percepção pública das criptomoedas na América Latina e como a mídia escolhe reportar histórias relacionadas a elas”, comenta Roger Darashah, cofundador da LatAm Intersect PR. “Enquanto alguns jornais e sites adoram sensacionalizar as criptomoedas, como uma espécie de investimento do Velho Oeste, a América Latina está vendo um grande aumento no que foi apelidado de ‘geração cripto’”.
Roger acrescenta que o mercado em baixa está preocupando os investidores, especialmente as instituições maiores, como fundos de hedge e bancos, mas enquanto a inflação continuar a empurrar os preços para cima e os valores das moedas para baixo.
“Acreditamos que a ‘geração cripto’ continuará fazendo uso de lojas digitais de valor, mas não aquelas que estamos acostumados a ver mencionadas nas manchetes”, disse.
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