Bitcoin e criptomoedas são tema do programa de Ana Maria Braga em quadro apresentado por Gil do Vigor
Formado em economia, o ex-BBB apresentou ao público do “Mais Você”, da Rede Globo, uma introdução ao conceito e ao funcionamento dos criptoativos.
As criptomoedas tem se tornado uma modalidade de investimento cada vez mais popular entre os brasileiros, mas a maioria da população ainda não sabe o que elas são ou como elas funcionam.
Valendo-se do seu carisma e da sua formação como economista, o ex-BBB Gil do Vigor apresentou um quadro de 16 minutos no “Mais Você” de quinta-feira, 22, em que buscou explicar de forma simples e direta os fundamentos técnicos e os casos de uso das criptomoedas para o público do programa matinal apresentado por Ana Maria Braga.
Sentando ao lado da apresentadora durante o clássico café da manhã oferecido aos convidados do programa, Gil introduziu o assunto de forma simples e objetiva, após uma enquete em ruas das cidades do Brasil que revelou que a maioria das pessoas desconhece ou tem poucos conhecimentos sobre o assunto:
“Criptomoeda nada mais é do que uma moeda digital. Existem várias, mas a mais conhecida hoje em dia é o Bitcoin, que foi criado em 2009. Para se ter uma ideia, hoje existem mais de 20.000 opções de moedas digitais pelo mundo. É um dinheiro que a gente compra e deixa numa conta que funciona como uma carteira, mas na internet. Só que a cada hora esse dinheiro tem um valor. Tem dias que ele está valorizado, regozijado igual a mim e tem dias que não.
Opinião de especialista
No entanto, não coube a Gil do Vigor destrinchar todas as características das criptomoedas ao público sozinho. Ele contou com a ajuda do advogado, professor e pesquisador de temas relacionados à tecnologia, Ronaldo Lemos.
Um dos primeiros brasileiros a investigar a travar contato com a moeda digital quando ela valia apenas US$ 7, Lemos traçou um paralelo entre o Bitcoin (BTC) e o papel moeda para explicar que a grande inovação da criptomoeda pioneira do mercado foi criar um sistema que inviabiliza o gasto duplo, ou seja, que um mesmo BTC seja usado por duas pessoas diferentes, e garante a irreversibilidade das transações:
“Criptomoeda reproduz a mesma estrutura de uma moeda real, de papel. Então, por exemplo, se eu tenho uma nota de R$ 10 no bolso e eu te dou essa nota, eu deixo de ter a nota e você passa a ter a nota. Não tem como nós dois termos a nota ao mesmo tempo.”
Lemos também destacou a adoção crescente do Bitcoin em diversos países do mundo, reforçando que o ativo digital pode ser usado como meio de pagamentos em estabelecimentos diversos, especialmente através de transações realizadas eletronicamente através da internet.
O advogado explicou ainda que o valor das criptomoedas pode parecer exorbitante para aqueles que não têm o hábito de acompanhar esse mercado, mas apenas refletem o valor que as pessoas estão dispostas a pagar por elas.
Ao explicar a proliferação de moedas digitais, Lemos explicou que elas se baseiam em tecnologias diferentes e possuem utilidades diversas. Como exemplo, citou os blockchain games baseados no modelo play-to-earn, cujos tokens nativos existem para recompensar os usuários de acordo com seus desempenhos no jogo.
Lemos também destacou os riscos associados à auto-custódia de criptomoedas, explicando que, caso um usuário perca suas senhas de acesso (chaves privadas) dos seus Bitcoins, não há uma instituição ou um serviço de atendimento ao consumidor a quem apelas para reaver as moedas perdidas. Este é um risco inerente à natureza descentralizada das criptomoedas, afirmou.
Por fim, Lemos disse não recomendar a realização de investimentos em Bitcoin devido à alta volatilidade do mercado. Pessoas que desejem fazer aportes em criptomoedas devem investir apenas valores que puderem e estiverem dispostos a perder. Nunca todas as suas economias.
Em seguida, em uma intervenção pontual durante a conversa com o advogado, Gil fez menção a grande quantidade de golpes envolvendo criptomoedas que se tornaram comuns depois do ciclo de alta do ano passado.
Deu lucro
Na sequência do quadro, Gil do Vigor conversou com um empresário carioca do setor de eventos, que em 2021 recebeu a proposta de um cliente de pagá-lo em Bitcoin. Sem nenhum conhecimento sobre o criptoativo, ele disse ter aceitado a proposta, e recebeu em Bitcoin os R$ 35.000 devidos pelos serviços prestados.
Na dúvida entre converter o montante imediatamente em reais ou mantê-lo em Bitcoin, ele optou pela segunda opção e em um mês obteve um lucro de 31%, o equivalente a R$ 11.000. Só então decidiu vender para realizar os lucros.
E assim, com um final feliz, encerrou-se o quadro sobre Bitcoin e criptomoedas do Mais Você. Mais tarde, no mesmo programa, Ana Maria Braga recebeu o próprio Ronaldo Lemos, que trouxe informações atualizadas sobre o estado atual do mercado.
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