Bitcoin e cripto ajudam laboratório a criar anticorpos para febre amarela

Uma descoberta científica recente que teve apoio da comunidade cripto e blockchain pode mudar o combate à febre amarela no mundo

Uma descoberta científica recente pode mudar o combate à febre amarela no mundo. A empresa de biotecnologia MABLOC desenvolveu um tratamento inovador baseado em anticorpos monoclonais que se mostrou eficaz em combater a doença.

O apoio do Sthorm, um hub brasileiro de cripto inspirado no cypher-punk e nos movimentos de código aberto, permitiu que os pesquisadores do MABLOC Ricciardi, Watkins, Burton et al. atingissem resultados promissores no combate ao vírus da febre amarela.

Fundada por Pablo Lobo e Mariano Lopez Hermida, a Sthorm utiliza redes invioláveis ​​e descentralizadas semelhantes àquela por trás do Bitcoin (BTC), para impulsionar a ciência aberta, o acesso universal à saúde e outras iniciativas para melhoria da sociedade.

“Vivemos uma época em que é possível criar e aplicar uma ideia a partir de praticamente qualquer lugar, com a ajuda de pessoas de todo o mundo. Não há mais exclusividade sobre quem controla os avanços da humanidade. Com blockchain, contratos inteligentes, e ledgers distribuídos, podemos democratizar o acesso a uma ampla gama de recursos e também focar em salvar o planeta por meio de diversas iniciativas”, afirma Pablo Lobo.

No estudo do MABLOC, que foi destaque na Forbes, 489 anticorpos de células B de memória foram isolados do soro de mais de 1.200 pessoas vacinadas com o vírus da febre amarela.

Anticorpos para Febre Amarela

A equipe de pesquisa selecionou 38 candidatos com alta capacidade de neutralização, e apenas 16 dos 38 anticorpos neutralizaram o isolado brasileiro com valor de IC50 suficiente. Os anticorpos finais selecionados, MBL-YFV-01 e MBL-YFV-02, provaram ser eficazes na neutralização do vírus in vitro e in vivo.

Em testes com hamsters sírios dourados, os dois anticorpos melhoraram significativamente a sobrevida dos animais, com 100% dos tratados com MBL-YFV-01 superando a doença. Além disso, os hamsters tratados com os anticorpos experimentaram um curso totalmente reversível da doença, indicando forte proteção contra a morte e doenças graves.

Em testes in vivo adicionais, macacos infectados com o vírus da febre amarela adaptado e tratados com MBL-YFV-01 ou MBL-YFV-02 sobreviveram três semanas após a infecção, enquanto os macacos do grupo controle sucumbiram à doença no quinto dia de infecção. A maioria dos macacos tratados não tinha vírus da febre amarela detectável em seus soros 21 dias após a infecção, sugerindo que MBL-YFV-01 e MBL-YFV-02 são fortes candidatos como tratamentos antivirais para febre amarela.

A descoberta representa um avanço no tratamento da febre amarela e outras doenças de alta mortalidade, como dengue, zika e ebola. O sucesso da pesquisa também destaca o impacto positivo de financiamentos alternativos, como as criptomoedas, no desenvolvimento científico.

Embora sejam necessários mais estudos de segurança e eficácia em humanos para considerar esses dois candidatos a anticorpos um sucesso, seus dados iniciais in vitro e in vivo são muito promissores.

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