Bitcoin acumula perdas de 10% e tem pior semana desde setembro de 2020

O preço do bitcoin conseguiu recuperar parte das perdas dos últimos dias, mas mesmo assim está perto de fechar sua pior semana desde setembro de 2020. Ao todo, o principal criptoativo do mundo acumula desvalorização de quase 10% desde a última segunda-feira, 18.

O bitcoin começou um intenso movimento de alta em outubro de 2020, quando estava cotado a cerca de 10 mil dólares. Desde então, sua cotação subiu vertiginosamente, chegando a ser negociado a quase 42 mil dólares no dia 8 de janeiro. Desde então, parece ter mudado sua tendência de preço.

No dia 11, caiu mais de 20% em poucos minutos, chegando a valer menos de 33 mil dólares. O ativo digital conseguiu recuperar parte das perdas rapidamente e foi testar o preço de 40 mil dólares nos dias seguintes. Na última quinte-feira, porém, voltou a sofrer correção acentuada e viu seu preço cair para 28.500 dólares.

Apesar de ter recuperado parte do valor, o maior ativo digital do mundo é negociado no momento a 32.300 dólares, o que indica uma queda de 10% no seu preço ao longo da semana. É a maior queda semanal do bitcoin desde setembro 2020, quando desvalorizou 12% em uma semana, segundo dados do site TradingView.

O cenário, entretanto, poderia ser ainda pior. Na última sexta-feira, 22, o bitcoin acumulava 14% de queda na semana. Ao longo da sexta e também do sábado, o ativo conseguiu recuperar parte do seu valor, reduzindo o prejuízo dos investidores.

A queda pode ser explicada por uma série de razões, como temor de pequenos investidores com desvalorização no curto prazo, preocupação de parte dos investidores com a investigação sobre o Tether e a exchange Bitfinex, liquidação de posições no mercado de contratos futuros de bitcoin que, segundo especialistas, estava superaquecido, e incertezas quanto ao cenário político nos EUA — o mais recente deles ligados à nova Secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, que sugeriu que “o uso de criptoativos deve ser reduzido” porque, segundo ela, “são usado principalmente para financiar atividades ilegais”.

O fato mais importante, entretanto, foi a divulgação de um suposto — e inédito — gasto duplo na rede Bitcoin. Divulgado pelo braço de análise e pesquisa da corretora BitMEX, o suposto erro chama a atenção por nunca ter acontecido nos 12 anos de história do Bitcoin e por ser justamente uma das situações que o protocolo se propõe a impedir que aconteça. Apesar do impacto no mercado, o fato ainda não foi confirmado.

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