‘Piada’: Country Manager da Binance diz que denúncia de exchanges brasileiras é reação ao crescimento da empresa no Brasil

O Country Manager da Binance no Brasil, Ricardo da Ros, comentou a denúncia da ABCripto contra a exchange no Brasil e diz que não há fatos concretos contra a empresa.

A batalha entre exchanges brasileiras e a maior exchange de criptomoedas do mundo, a Binance, parece longe de acabar.

Nesta semana, foi vez do Country Manager da Binance no Brasil comentar a denúncia da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto) contra a Binance, em processo liderado por diversas corretoras brasileiras.

A guerra ganhou novos contornos em março, quando uma pesquisa do CoinTrader Monitor revelou que a Binance passou pela primeira vez a Mercado Bitcoin em volume de criptomoedas negociadas no Brasil, dominando 23% do mercado nacional.

Como noticiou o Cointelegraph Brasil, no começo de março a ABCripto apresentou uma denúncia contra a atuação da Binance no Brasil ao Banco Central, Ministério Público Federal e Comissão de Valores Mobiliários. 

A ABCripto dizia na época que acompanhava “com preocupação o desenvolvimento de atividades, no Brasil, da empresa ‘Binance Futures’, sediada em Malta, defendendo que a Binance não tem autorização para funcionar como instituição financeira e instituição de pagamento no país.

Segundo o portal Tele.Síntese, o Country Manager da Binance no Brasil, Ricardo da Ros, que até março atuava pela exchange argentina Ripio, comentou a iniciativa das exchanges, dizendo que o crescimento da Binance no país incomodou as empresas brasileiras:

“Quando passamos a permitir que os brasileiros usassem a plataforma, eles tiveram acesso a todos os produtos. Com a stop order, a Binance tomou as medidas internas e parou de oferecer. O produto continua existindo globalmente, mas a oferta foi interrompida para residentes no Brasil. As denúncias das ABCripto são um ataque à concorrência. Vale lembrar que duas exchanges, a Ripio e a BitPreço, deixaram a associação imediatamente após as denúncias contra a Binance na CVM e no Banco Central, por não concordarem com isso. A Binance olha para essas denúncias como piadas porque não têm um fato concreto”

Segundo Da Ros, a intenção da Binance no Brasil é ajudar o mercado nacional a crescer. Ele lamenta as “atitudes negativas” das empresas nacionais:

“A Binance está chegando ao Brasil com a ideia de profissionalizar o mercado e fazê-lo crescer como um todo. Temos vistos algumas atitudes negativas de alguns players, mas isso faz parte e não nos afeta. Vamos continuar trabalhando”

Na mesma matéria, o diretor-executivo da ABCripto, Rodrigo Monteiro, também comentou a iniciativa da associação e das exchanges contra a Binance no Brasil:

“Somos obrigados a trabalhar no Brasil tendo o CNPJ de uma empresa, seguir e observar a legislação brasileira para o trabalho, regras tributárias, regras de registro societário, e de proteção ao consumidor. Nós entramos com uma carta denúncia contra a Binance, que foi proibida formalmente pela Comissão de Valores Mobiliários de oferecer produtos sujeitos à regulação da autarquia e ao nosso entender continua oferecendo produtos que estaria vedada de fazê-lo. Há, inclusive, investigações em curso para saber se procede ou se causou danos ao cidadão brasileiro. Se não proceder a denúncia não vai prosperar e, se proceder já estará no fórum adequado”

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