Binance retoma saques e depósitos em BRL; taxas aumentam
Os brasileiros que têm conta na Binance já podem voltar a sacar e depositar em BRL na exchange. A função, que estava suspensa desde o rompimento da parceria com o Banco Capitual, já está disponível mais uma vez, mas apenas no site da empresa.
O recurso ainda não foi normalizado no app da exchange. Ao tentar usar o serviço, os clientes recebem a mensagem de que devem usar o site. Testes do Be[in]Crypto confirmam que o saque de BRL está funcionando, mas a taxa, que era de R$ 2,60, aumentou para R$ 3,30.
Apesar de as operações de saque terem sido retomadas, a Binance mantém o mesmo posicionamento de que “o processo de integração com o novo parceiro de pagamentos, a Latam Gateway, está em andamento e estará 100% concluído em breve, quando as transações (depósitos e saques) serão totalmente normalizadas”.
No comunicado, a empresa ainda oferece as opções para depósitos e saques com transações P2P da Binance. Para compra de direta de criptomoedas, a Binance tem PIX e transferências bancárias disponíveis por meio de um provedor alternativo. Para saques, existe a opção “vender para cartão” disponível para o Visa.
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Os problemas com as operações de saques e depósitos começaram com o cancelamento em 17 de junho dos serviços da provedora de pagamentos Capitual, até então responsável por processar os saques e depósitos em real dos clientes da Binance.
A exchange anunciou que passaria a contar com os serviços da Latam Gateway no dia 24 de junho. Porém, os serviços de depósitos em reais via PIX só foram restabelecidos nesta terça-feira (5), e os saques em reais nesta quarta-feira (06).
Prejuízo milionário
A interrupção do serviço fez com que a Binance perdesse mais de 31% de participação no mercado brasileiro de Bitcoin, de acordo com um relatório do Cointrader Monitor. O percentual representa R$ 322 milhões a menos negociados na plataforma da corretora de Changpeng Zhao.
Apesar disso, a exchange ainda lidera com folga no Brasil. Em segundo lugar está a bitPreço, corretora cripto brasileira que teve uma participação de 16,71% nos volumes de negociações do ativo durante o mês de junho.
Entre os dias 1 a 15 de junho, antes do fim da parceria com o Capitaul, a exchange havia movimentado mais de 11 mil unidades do ativo, sendo responsável por mais da metade de todo o volume de negociações de Bitcoin no país.
Após a empresa deixar de contar com os serviços do banco, o volume visto em sua plataforma foi de cerca de aproximadamente 6.662 BTC, montante que representou apenas 37% de todo este mercado.
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