Relatório da Binance aponta cinco motivos que fizeram o preço do Bitcoin atingir R$ 73 mil
Paypal e queda de investimentos em projetos DeFi podem ter influenciado em valorização da criptomoeda.
O Bitcoin continua em valorização no mercado, atingindo mais de R$ 73 mil recentemente. De acordo com um relatório da Binance, existem alguns motivos por trás da onda de valorização que fez o BTC quebrar recorde de preço no Brasil.
Além de falar sobre o crescimento de investidores institucionais, a exchange cita até que o recuo em investimentos em projetos de Finanças Descentralizadas (DeFI) como sendo responsável pelo aumento do preço do Bitcoin.
Além disso, o comunicado do PayPal que ‘se rendeu’ as criptomoedas pode também ser considerado como um dos propulsores do Bitcoin no mercado. Nos últimos sete dias a criptomoeda cresceu quase 15%, segundo dados do CoinMarketCap.
Preço do Bitcoin sobe
O preço do Bitcoin bateu recorde no Brasil nesta última quarta-feira (21). Embora a criptomoeda esteja longe do recorde precificado em dólares, no país a desvalorização do real brasileiro fez o BTC romper R$ 70 mil.
Até então, este era o valor recorde que a criptomoeda havia registrado, em um momento de completa valorização no dia 16 de dezembro de 2017. No entanto, após alcançar R$ 70 mil, o preço do Bitcoin continuou a subir.
Assim, para a Binance essa valorização está atrelada ao crescimento de investimentos institucionais no mercado de criptomoedas. O relatório da exchange cita empresas como MicroStrategy e Square, que decidiram inserir o Bitcoin em fundos de investimentos misto.
“Uma série de empresas tradicionais investiu na BTC. Empresas como a MicroStrategy e a Square adicionaram bitcoins ao seu balanço patrimonial para sua estratégia de alocação de capital de longo prazo.”
Cotação do Bitcoin nesta quinta-feira 22 (Reprodução/CoinMarketCap)
Ao falar sobre o aumento de investimentos institucionais no Bitcoin, a Binance atribui esse crescimento à instabilidade financeira mundial provocada pelo Novo Coronavírus.
De acordo com a exchange, fundos de investimentos estão apostando mais em ‘ativos alternativos’ como o Bitcoin.
“Várias instituições financeiras e globais (por exemplo, FMI) ajustaram suas expectativas para a recuperação econômica da crise COVID-19, potencialmente alimentando ainda mais uma corrida para ativos alternativos.”
Paypal e DeFi
O mercado de criptomoedas acompanha o preço do Bitcoin voltar ao patamar de US$ 13 mil, ou ainda, aproximadamente R$ 73 mil de acordo com a cotação nesta quinta-feira (22).
Esses números refletem uma onda de valorização que começou há quase uma semana, e continua elevando o preço da criptomoeda que subiu R$ 3 mil desde que bateu recorde no Brasil.
Sendo assim, a Binance acredita que a notícia sobre o Paypal pode ser outro motivo que desencadeou a recente onda de valorização do Bitcoin. A instituição afirmou que pode negociar criptomoedas em 2021, refletindo positivamente na cotação da criptomoeda.
Enquanto isso, a exchange aposta que os projetos DeFi também contribuíram para a retomada de preço da criptomoeda. O relatório da plataforma aponta ainda que investimentos nesses projetos sofreram uma redução nos últimos dias, com investidores realocando valores no Bitcoin.
“A grande desaceleração da mania DeFi pode ter levado os indivíduos e investidores institucionais a reequilibrar suas carteiras em direção a ativos criptográficos relativamente menos arriscados, como o Bitcoin.”
Por fim, a Binance acredita que o preço do Bitcoin subiu significativamente no mercado depois que houve uma queda na oferta da criptomoedas em exchanges. Sendo assim, a empresa menciona que atualmente existem 400 mil Bitcoins a menos que a quantidade de BTCs disponíveis em exchanges em janeiro de 2020.
Dessa forma, o mercado à vista do Bitcoin pode ser impactado com a redução na oferta da criptomoeda em exchanges. Ou seja, a cotação pode ser influenciada de acordo com a quantidade de BTCs disponíveis em plataformas de negociação como a Binance.
“De acordo com a Glassnode, o saldo em Bitcoin nas bolsas é de cerca de 2,5 milhões de BTC (abaixo de ~ 2,9 milhões em janeiro de 2020), potencialmente impactando a dinâmica do lado do vendedor dos mercados à vista de bitcoin.”
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