Binance recupera R$ 410 milhões de criptomoedas ligadas a hacks

A Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo, revelou nesta quinta-feira (8) ter recuperado R$ 410 milhões (R$ 73 milhões) de fundos ligados a hacks no primeiro semestre deste ano. Em comparação, a empresa recuperou US$ 55 milhões em 2023.

Além de congelar e recuperar criptomoedas ilícitas depositas em sua plataforma, a Binance também afirma colaborar estreitamente com o setor público.

Segundo seus dados, cerca de 80% desses R$ 410 milhões são ligados a hacks, explorações e roubos externos. Os outros 20% estariam ligados a golpes, que também acontecem fora da corretora.

Binance já dobrou números do ano passado em apenas um semestre

Embora a quantia recuperada pela Binance no primeiro semestre de 2024 já seja maior que todo valor de 2023, a corretora nota que isso não é um indício do aumento da atividade criminal. No texto, a empresa destaca que o resultado é fruto de seu próprio trabalho de segurança, intensificado recentemente.

Na nota, Jimmy Su, Diretor de Segurança da Binance, afirmou que a tecnologia blockchain é uma ferramenta importante para identificar golpistas e tomar ações, deixando o mercado mais seguro.

“O crescimento do mercado e a volatilidade, observados nos últimos meses, muitas vezes trazem um influxo de novos investidores que podem ser mais suscetíveis a golpes e hacks, e os preços elevados durante esses períodos podem resultar em maiores perdas monetárias.”

Entre junho de 2023 e junho de 2024, data que fecha o primeiro semestre, o Bitcoin passou por uma valorização de 121%. Portanto, isso é outro fator que explica a diferença das quantias recuperadas pela corretora.

“Ao expandir nossa colaboração para incluir mais serviços de terceiros, conseguimos uma maior cobertura no rastreamento e recuperação de fundos roubados”, continuou Su. “Nossos esforços e histórico comprovado são um testemunho do nosso compromisso em proteger nossos usuários e promover um ambiente de criptomoedas mais seguro.”

Também nesta semana, Richard Teng, CEO da Binance, revelou que sua corretora recebeu R$ 10,6 bilhões em depósitos enquanto o preço das criptomoedas caia nesta semana. Portanto, isso mostra que valores ilícitos representam uma porcentagem ínfima.

Atividades criminosas estão em queda

No mesmo relatório, a Binance compartilhou um estudo da ChainAnalysis, revelando uma queda na atividade criminosa ligada às criptomoedas. Enquanto os números ficaram em US$ 39,6 bilhões em 2022, eles caíram para apenas US$ 24,2 bilhões em 2023.

Em termos percentuais, isso representa uma queda de 0,42% para 0,34%, respectivamente, em relação ao uso das criptomoedas de forma ampla. Ou seja, 99,66% são usos legítimos.

Atividade criminosa com criptomoedas em queda após atingir pico em 2022. Fonte: ChainAnalysis.
Atividade criminosa com criptomoedas em queda após atingir pico em 2022. Fonte: ChainAnalysis.

Um dos golpes que fez 2022 atingir um recorde foi a fraude da FTX, desfalcando milhares de investidores. De qualquer forma, movimentações de endereços sancionados ainda representam uma boa parte dos dados em 2023, seguido por golpes em geral.

Por fim, embora empresas como Binance continuem trabalhando em prol da segurança dos investidores, são as próprias pessoas que devem cuidar de seus fundos, assumindo práticas proativas para não depender de investigações que muitas vezes são demoradas e podem não ter resultados.

Fonte: Binance recupera R$ 410 milhões de criptomoedas ligadas a hacks

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