Bilionário australiano processa Facebook por fraudes envolvendo cripto
Andrew Forrest, um dos homens mais ricos da Austrália, entrou com um processo criminal contra o Facebook, pelo fato da companhia não impedir que anúncios de golpes cripto envolvendo a sua imagem fossem divulgados na rede social.
Segundo informações do jornal The Australian, o bilionário decidiu mover o processo contra o Facebook, que mudou de nome para Meta, em nome “daqueles australianos comuns – mães e pais, avós e avós – que trabalham a vida toda para reunir suas economias e garantir que essas economias não sejam roubadas por golpistas.”
Ex-CEO do Fortescue Metals Group, o empresário se tornou um dos maiores casos de sucesso e um dos homens mais ricos da Austrália. De acordo com a Forbes, seu patrimônio está avaliado em US$ 18,2 bilhões. Com isso, criminosos começaram a se passar por Forrest, usando da sua reputação para atrair australianos para investimentos cripto fraudulentos.
No processo, é destacado que uma vítima perdeu US$ 670.000 em um desses golpes. Com o crescimento do mercado criptomoedas nos últimos anos, criminosos têm se aproveitado cada vez mais da imagem de pessoas influentes para aplicar esse tipo de fraude.
Grandes nomes do mundo cripto, como Elon Musk e Michael Saylor, já foram usados como isca para atrair investidores novatos. O CEO da MicroStrategy comentou que a cada hora cerca de 10 a 15 vídeos usando erroneamente a sua imagem para dar credibilidade a projetos fraudulentos são postados no Youtube.
Golpes no Facebook usando a imagem do bilionário não são recentes
Em 2019, Forrest já havia criticado publicamente o Facebook por permitir que golpes crito envolvendo o seu nome e imagem fosse espalhados na rede social. Agora, ele afirma que a empresa violou as leis antilavagem de dinheiro da Austrália ao não impedir a disseminação desses anúncios.
Vale destacar que nos últimos meses a companhia liderada por Mark Zuckerber se envolveu em um grande escândalo após uma ex-funcionária vazar documentos que provavam que o Facebook permitia a proliferação de notícias falsas para aumentar a interação dos seus usuários em sua plataforma.
Além da ação criminal, o bilionário entrou com uma ação civil contra a Meta na Califórnia, onde a companhia possui sua sede principal. Caso seja declarada culpada, a empresa pode pagar grandes multas e ser forçado a mudar sua forma de atuação em relação a anúncios de publicidade na Austrália.
Não há como determinar quem será o vencedor neste caso. A Meta pode reivindicar como defesa proteções de porto seguro, mecanismo que garante que ela não seja responsabilizada pelos conteúdos de seus usuários.
No entanto, o governo australiano tem se preparado para responsabilizar cada vez mais as plataformas de rede social em relação a comentários difamatórios, noticiais falsas e propagação de fraudes feitas por seus usuários. Infelizmente, seja qual for o resultado das ações, os maiores perdedores são os investidores que caíram nos golpes e perderam suas economias.
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