Big Festival ressalta a importância dos games em blockchain

O Big Festival, que aconteceu entre os dias 7 a 10 de junho de 2022, marcou o calendário pós pandemia de eventos presenciais do setor. Organizadores e patrocinadores estimam que cerca de 30 mil pessoas tenham circulados pelo local.

Com um mercado estimado em movimentar mais de R$ 200 bilhões de dólares até o final de 2023, gamers do mundo inteiro estiveram no mesmo espaço em São Paulo durante quatro dias para o evento, que também foi palco da primeira ação da NFA, a maior liga independente de Free Fire do mundo..

  • Ficou com alguma dúvida? O Be[in]Crypto possui uma série de artigos para lhe ajudar a entender o universo cripto. Confira!
  • Se quiser ficar atualizado no que acontece de mais importante no espaço cripto, junte-se ao nosso grupo no Telegram!

Foram mais de 140 horas de conteúdo com os principais nomes desse mercado, mais de 200 jogos disponíveis no espaço para todos experimentarem, stands de gigantes da indústria como Xbox e Playstation, lançamentos, presença de influenciadores como Gaules e am Tribo, o lead designer de Final Fantasy Takashi Tokita, o criador de Diablo David Brevik e o diretor de arte de League of Legends David K. Lam.

Games em blockchain marcaram presença

O mercado de games é tão gigante que é maior do que as indústrias do cinema e do entretenimento juntas. A CEO da Sp4ce Games, Heloisa Passos, falou sobre blockchain no painel: “Além das skins e tokens: Qual a real importância da Blockchain Games?”.

Ela conta que ganhou o primeiro vídeo game do pai (um Super Nintendo, ainda criança, aos seis anos) e acredita que a indústria é tão gigantesca que tem um papel muito maior que muito vai além do game em si. “Tem toda uma comunidade que o cerca” diz.

“Então quando a gente fala em licenciamento, entretenimento, novos produtos que vão surgindo com os games, por isso que é uma indústria tão um grande. Quando a gente olha todo o contexto, no que a gente chama de mercado tradicional. Então esse é um ponto”.

Passos veio do mercado publicitário e explica que a indústria está mais maturada. “Quando eu comecei, há um ano e meio, só tinha um player de mercado, o Axie Infinity, depois o Lost Relicse. Agora o que vemos são os games que estavam se desenvolvendo, sendo lançados e entregues”.

“A maturação quando a gente olha na questão dos tokenomics, a entregabilidade de mecânicas dentro do jogo. Então é um pouco do que eu enxerguei de diferenciação nesse um ano e meio de mercado”.

Heloisa Passos, de vermelho. Foto: Aline Fernandes

A jovem, que conheceu o Axie Infinity um pouco antes da explosão em 2020, conta que o jogo era parecido com o Pokémon – que ela já gostava muito e ainda tinha o cripto, foi onde encontrou a oportunidade perfeita de trabalho – de trabalhar com games e blockchain.

Sobre a resistência do mercado tradicional ao uso da blockchain, Helô acredita que é uma questão que foi construída no passado, com a questão do click to earn também.

“ A gente tinha pessoas que entendiam muito mais de blockchain do que de jogos, alguns mais de oportunismo e que não entendiam de tecnologia, o que trouxe muita resistência para as pessoas. Promessas de lucros absurdos, de retorno sobre investimento e, no fim do dia é sobre comunidade. É sobre jogo, é sobre como você se sente quando você está ali, imerso naquela experiência de jogar algo que você gosta!”

Evento quer unir público gamer

Para o Global Head de Business Development da Ripio, Henrique Teixeira, “A ideia é promover exatamente essa ponte entre os jogadores, os desenvolvedores para o mundo de blockchain games”.

“Então queremos ajudar a comunidade entender tanto a parte educativa como monetizar os seus jogos, tokenomics, como incluir funções nos jogos para gerar interoperabilidade entre ganes diferentes. Tudo isso para valorizar o tempo do desenvolvedor, valorizar o tempo do jogador para que ele tenha uma experiência muito melhor no final do dia. Buscamos sempre ser esse elo de conexão, conta.

Sobre as novas tendências do mercado, o diretor do Big Festival, Gustavo Steiberg, diz que

“A gente sempre tem a responsabilidade de ver quais são as novas tendências do mercado de games e abrir espaço para elas. Sabemos que a relação dos desenvolvedores com a blockchain não é totalmente amigável, parte do mercado acha um absurdo e outra acha legal. Acho que é 5% que acha um absurdo e reclama muito e fica parecendo que é 50% e ainda tem um montão de gente que não sabe dizer o que é.”

Steiberg ressalta que o papel do Big Festival como um evento de criação de jogos é mostrar as tecnologias nascentes e cita o exemplo do Free to Play, que quando foram lançados muitos acharam um absurdo também.

O cineasta acredita que uma nova safra de jogos blockchain já está invadindo o mercado de uma maneira mais sofisticada.

Com um público bem variado, com excursões de escolas, desenvolvedores, estúdios, curiosos, entusiastas, gamers e parceiros de negócios, a CEO da Sp4ce Games lembra também que hoje a indústria web 3 tem um potencial gigante de conseguir atingir novas pessoas, usando exemplos de recursos como a interoperabilidade da blockchain de contratos inteligentes, rastreabilidade mas é preciso facilitar o acesso à educação para que a população entenda o que são essas novas tecnologias nascentes.

Crédito: Aline Fernandes

O artigo Big Festival ressalta a importância dos games em blockchain foi visto pela primeira vez em BeInCrypto Brasil.

Você pode gostar...