Entre o derretimento de 60% e o ‘banco cripto’, analistas projetam futuro das criptomoedas no curto e longo prazo

Jason Pizzino falou em capitulação ao longo de doze meses e Bill Barhydt avaliou bifurcação dos bancos para o ecossistema cripto após ‘queda do dólar.’

Visto por dois ângulos distintos, o mercado de criptomoedas possibilita avaliações que, em um primeiro momento, podem parecer antagônicas, mas que também podem se completar entre o futuro de curto e longo prazo. Isso porque as criptos se relacionam com o mercado tradicional, o qual influenciam e pelo qual são influenciadas, ao passo que os preços dos criptoativos também sentem os efeitos de uma macroeconomia combalida diante de um dólar americano forte, porém muito em função de uma política monetária dura promovida pelo Federal Reserve (Fed), o banco central do EUA, que tem arrochado insistentemente a taxa de juros para segurar a inflação. Por outro lado, as transformações baseadas na tecnologia blockchain sinalizam que uma revolução tecnológica financeira pode estar em curso.

No curto prazo, o inverno cripto pode esfriar ainda mais no decorrer dos próximos doze meses com as criptomoedas perdendo até 60% de valor por causa da capitulação extrema, avaliada pelo analista de criptomoedas Jason Pizzino em um vídeo publicado recentemente em seu canal no YouTube, com 276 mil inscritos. 

Diante de uma macroeconomia gelada, guerra, crise imobiliária na China, alta das commodities e uma Europa combalida e às voltas com o encarecimento energético e corte do fornecimento de gás pela Rússia, antes mesmo da chegada do inverno no hemisfério norte, Pizzino projetou dentro do ecossistema cripto as consequências do que deverá acontecer fora dele nos próximos meses. 

“Algo entre 20% e 60% é o que espero para as criptomoedas nessa capitulação final, caso vejamos algum tipo de despejo e potencialmente eles continuem a cair tão baixo enquanto o Bitcoin recupera força e constrói sua posição como o rei novamente e depois começa decolar. Isso é o que estou esperando para criptos, altcoins, provavelmente nos próximos 12 meses, um período de curto prazo à medida que atingem, mas depois se desgastam por esse período de tempo mais longo”, disse. 

Por sua vez, o CEO da plataforma de gerenciamento cripto Abra, Bill Barhydt, em entrevista concedida a Anthony Scaramucci, do canal Salt New York, previu a adoção global das criptomoedas e a proliferação das stablecoins nos próximos dez anos. Na ocasião, ele anunciou a formação do Abra Bank que, segundo ele, é o primeiro banco de criptomoedas totalmente operacional e regulamentado nos Estados Unidos, e com foco no espectro de clientes cripto e Web3, de iniciantes a especialistas. 

Barhydt disse acreditar que o maior banco do mundo ao longo das próximas duas décadas será o “banco cripto”, formado por instituições incumbentes que se adaptarem às criptomoedas, e outros substitutos. O que, segundo ele, vai acontecer por meio de uma bifurcação que irá além do espaço cripto. 

“A realidade é que o dólar está muito forte agora. Mas isso está prestes a  reverter de forma massiva, na minha opinião. O Fed não pode sustentar o que está fazendo, certo? E então acho que todos aceitam o fato de que temos que voltar a taxas de juros drasticamente mais baixas, o que significa queda do dólar, o que significa que os preços dos ativos provavelmente vão disparar novamente, o que significa que a criptomoeda terá um benefício enorme disso. versus ativos tradicionais de risco”, argumentou.  

No início de setembro, Jason Pizzino se mostrou pessimista com The Merge (fusão) do Ethereum e disse que o Bitcoin poderia perder o suporte de US$ 19,5 mil ao longo do mês. Já o crash no presente e o eventual hype futuro também estão no radar dos analistas que previram o cataclisma do Bitcoin e quando a criptomoeda poderá atingir alta de 17.000%, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.  

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