Melhor da Semana: Elon Musk no conselho de mineradores, bilionário quer comprar US$ 1,5 B em cripto e Ray Dalio assume investir em BTC

O que de melhor aconteceu nos mercados de criptomoedas e blockchain no Brasil e no mundo.

 

Recuperar-se de um trauma leva tempo e envolve, na maior parte das vezes, uma longa reflexão sobre passos passados e futuros.

Após o crash do dia 19 de maio e a grande capitulação vivida,o mercado vive um misto de volatilidade e indecisão. Recuperar-se de grandes quedas leva tempo. Entretanto, fundamentalmente falando, nada mudou, e a crise pós-traumática pode ser boa para construção de um amadurecimento geral do mercado das criptomoedas, já que como diz o ditado ‘tudo aquilo que não me mata, fortalece’. 

O clima de indecisão, no entanto, não é exclusividade do mercado das criptomoedas. Os investidores em todos os lugares, devido às incertezas da inflação, estão movendo suas peças com cautela, o que torna os mercados conservadores e avessos aos riscos. Apesar do mercado das criptomoedas ser considerado ‘de alto risco’, grandes investidores institucionais têm alocado no Bitcoin exatamente por considerá-lo um forma de proteção contra a inflação. 

Eis uma ironia que precisamos enfrentar. Aproveitar uma oportunidade de compra de um ativo deflacionário e usá-lo como hedge ou embarcar no medo coletivo e vender para se proteger de novas correções?  Veremos o que o futuro nos aguarda, mas enquanto isso, podemos olhar para as respostas de curto-prazo procurando estar posicionado do lado correto da ironia. 

Bitcoin e Ethereum 

No dia 26, o preço do Bitcoin subiu para US$ 40 mil, enquanto o Ethereum se aproximava dos US$ 3 mil. Na sequência, as duas criptomoedas tiveram uma nova queda de preço, com o Bitcoin se aproximando dos US$ 33 mil e o Ethereum caindo abaixo dos US$ 2.000. Neste domingo, o Bitcoin está sendo negociado por US$ 35 k e o ETH por US$ 2.360. 

Apesar da aparente indecisão do mercado, os institucionais parecem não compartilhar das dúvidas. Durante a semana, inúmeras instituições se pronunciaram e se mantiveram firmes em aposta geracional para o Bitcoin. Apesar de alguns fundos de hedge macro e quant poderem estar na lista dos vendedores, os investidores institucionais tradicionais – pensões, doações, escritórios familiares, não foram abalados pela volatilidade.”

Um dado interessante da tendência de alta no longo prazo é o número de endereços em acumulação, que atingiu a ATH exatamente durante a queda do mercado. Outro dado interessante é do número de carteiras de Bitcoin com 100 -1.000 BTC que apenas aumentaram nos últimos meses. 

Juntos, esses dados mostram o que temos dito bastante nos últimos dias: quem está liderando a queda é o varejo, infelizmente, muitos daqueles que compraram Bitcoin no topo históricos. 

Além disso, uma análise sobre o ciclo de dominância do Bitcoin sugere que podemos estar passando pelo ‘verão de 2017’, com subidas do BTC e altseasons pela frente. 

Altcoins e DeFi

Apesar da queda do Bitcoin, 5 criptoativos tiveram desempenhos mais do que interessantes durante o mês de maio. Alguns deles, acumulando mais e 1.000% de rendimento 

DeFi e stablecoins também merecem destaque, já que elas conseguiram resistir a queda do mercado e número de usuários em DEX atingiu a marca de 1 milhão pela primeira vez

Internet Computer recebeu R$ 1 bilhão para construir protocolo focado em ‘substituir’ grande parte da Internet. 

A criptomoeda mais falada da semana foi a Polygon, projeto de segunda camada do Ethereum que liderou a recuperação do mercado com ganhos de mais de 100%. 

Institucionais: um investimento de gerações

O bilionário Carl Icahn e ex-conselheiro de Trump anunciou que vai comprar até US$ 1,5 bilhão em criptomoedas.

Bilionário Ray Dalio assume finalmente que é investidor de Bitcoin e aponta o sucesso da criptomoeda é o seu ‘maior risco’. 

A Globant, gigante argentina de software comprou a queda e adquiriu R$ 2,66 milhões em Bitcoins

Falando em casos de amor e de ódio, não podemos deixar de citar a Nvidia, cujos ganhos superam expectativas, mas que apesar de ser  ‘difícil determinar’ papel da mineração de criptomoedas, a empresa afirma que a atividade não tem grande importância nesse desempenho. 

Doge, Elon Musk e Vitalik Buterin

Saber quando Elon Musk mente, delira ou fala a verdade é atualmente o grande desafio para o mercado das criptomoedas. Seja como for, Vitalik Buterin levou a sério a missão de explicar por que o plano de Elon Musk de escalonar criptomoedas em 10x é “fundamentalmente falho”. No artigo, Vitalik enfatiza o trade-off entre descentralização e escalabilidade na arquitetura de redes blockchain, uma lição que àqueles que viveram os mares agitados do hard-fork do Bitcoin Cash já aprenderam. Vitalik também volta a defender o PoS como solução para os problemas energéticos do ETH

Seja como for, a atividade das baleias do Dogecoin diminui drasticamente à medida que bilhões de dólares partem da blockchain. Desde 10 de maio, o DOGE já perdeu 60% do seu valor e está sendo atualmente negociado abaixo dos US$ 0,30. 

Conselho de Mineração de Bitcoin e migração do hashrate 

De vilão à salvador: Elon Musk se juntou aos ‘conselheiros da mineração‘ para resolver um problema cuja crise ele mesmo acentuou. O conselho foi formado por grandes nomes da indústria global de mineração. 

O grande problema são as moedas criadas através das usinas que usam combustíveis fósseis para gerar eletricidade. A China, em particular, é responsável por subsidiar a energia suja e o governo do país começou (novamente) restringir a atividade da mineração. O resultado óbvio? 

O hashrate do país começou a se distribuir geograficamente. Mineradores encerram suas operações e pelo menos 400MW em hashrate movem-se da China para América do Norte, Europa e Cazaquistão. 

Cripto-eco-iniciativas

Devido à natureza descentralizada do mercado cripto, quando há um problema, ninguém espera o adulto-salvador-Elon na sala para resolvê-lo. A auto-regulação deve resolver e adivinha? Todos nós somos os adultos. Só durante esta semana – além do conselho da mineração, inúmeros anúncios foram feitos: 

A Wrapped e a MOSS lançaram o Eco BTC (eBTC), primeiro ativo lastreado em Bitcoin e neutro em carbono do mundo. Um bitcoin já compensado. A MOSS também se juntou ao pedido de ETF de Bitcoin da One River à SEC dos EUA, como parceira para neutralizar a produção de carbono dos BTCs através do token MCO2.

A OneOf levantou US$ 63 milhões para desenvolver uma nova plataforma NFT ecológica para músicos. 

Wallet Lohko e a Mattereum se uniram para lançar NFTs lastreados em barra de ouro com compensação de pegada de carbono anexadas. 

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Brasil

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