Melhor da Semana: Brasileiros e a poupança hackeada, recordes de preços do Bitcoin e Pix integrado às criptomoedas
O que de melhor aconteceu nos mercados de Bitcoin e criptomoedas no Brasil e no mundo.
A semana foi de grandes notícias para os mercados de criptomoedas no Brasil e no mundo. O anúncio de que o PayPal irá integrar criptomoedas a sua rede de comerciantes foi o empurrão que bastava para o Bitcoin chegar a seu maior preço global em 52 semanas: US$ 13.200.
O rali do Bitcoin puxou todo o mercado cripto para a alta, levando a segunda maior moeda, o Ether, a voltar à faixa dos US$ 400, além de estabelecer novos suportes para moedas importantes como Bitcoin Cash, Chainlink e Litecoin.
A expectativa é que a entrada do PayPal no mercado cripto atraia outros players de peso, já que 2020 tornou-se o ano da maior adoção institucional das criptomoedas.
A valorização do BTC também trouxe comparações inusitadas. Um Iphone 4 comprado em 2010, que na época custava cerca de R$ 1.800, valia cerca de 18.000 Bitcoins. Se o valor tivesse sido investido na criptomoeda, o trader seria o feliz proprietário de R$ 1,6 bilhão.
A alta também impactou os mercados domésticos de criptomoedas. Nesta semana, sete países anotaram máximas históricas para o Bitcoin: Turquia, Argentina, Sudão, Angola, Venezuela, Zâmbia e o Brasil.
No mercado brasileiro, com a desvalorização galopante do real e inflação à vista, o Bitcoin passou batido pelo antigo recorde de R$ 70.000 e só foi parar ao chegar em R$ 73.500. Nesta sexta-feira, a maior criptomoeda enfrenta pequena correção e está sendo negociada na faixa de R$ 72.800.
Se as notícias brasileiras são boas dentro do mercado cripto, na economia real da população o real já começa a mostrar-se um problema. A inflação do país, que tem a moeda mais desvalorizada do mundo em 2020, teve o maior aumento desde 1995, época em que o real tinha paridade com o dólar.
A poupança ‘hackeada’ dos brasileiros
A notícia mais lida do Cointelegraph Brasil nesta semana não é exatamente sobre um fato de 2020, mas guarda paralelo com a realidade econômica que o país atravessa neste ano.
Em 16 de março de 1990, no governo Fernando Collor, os brasileiros acordaram com todas as suas poupanças “hackeadas” pelo próprio governo: o equivalente a R$ 100 bilhões foram confiscados das contas dos cidadãos do país – era o Plano Collor, que adotava medidas desesperadas para conter o desastre econômico herdado da ditadura militar.
Como a História contou nos anos seguintes, a estabilização econômica do Brasil não viria pelas mãos de Collor – que renunciaria dois anos depois – ou de sua ministra Zélia Cardozo de Mello. A economia brasileira conseguiu se equilibrar pelas mãos de de seu substituto no cargo, Itamar Franco, e seu ministro Fernando Henrique Cardozo, com o lançamento do Plano Real.
Dando um salto no tempo, nesta semana, o Ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, anunciou que pretende lançar uma IPO do banco digital criado pela Caixa Econômica para levar o auxílio emergencial à população durante a pandemia.
Com a inflação de volta à vida dos brasileiros e o real vivendo seu pior momento, os brasileiros ao menos desta vez têm o mercado cripto para recorrer – sem riscos de interferência governamental.
Os investidores de criptomoedas também estarão conectados ao Pix, o novo sistema de transações do Banco Central, que entra no ar em 16 de novembro.
Além de saques e depósitos instantâneos nas exchanges, os traders estarão diretamente conectados ao Pix através do Z.Ro Bank e Atar, que foram aprovadas pelo Banco Central para integrar o sistema.
Em outras notícias sobre fintechs e a revolução digital financeira, o Banco Central estabeleceu que empresas emissoras de cartões de pagamento, entre eles cartões de Bitcoin e outras criptomoedas, têm de ser reguladas pela entidade.
Além disso, uma plataforma DeFi brasileira foi selecionada em um programa de aceleração do Vale do Silício, em São Francisco (EUA) e a OriginalMy recebeu um prêmio de startups nos Emirados Árabes.
Como nem tudo são boas notícias, um analista recomendou os investidores a “fugirem” de aportes no Banco Inter.
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