BC altera divulgação de dados devido à greve. Negociação com sindicato avança
Em caráter excepcional, o Banco Central (BC) alterará as datas de publicação das Notas Econômico-financeiras relativas ao mês de janeiro de 2024 para os seguintes dias:
Estatísticas do Setor Externo – 6 de março de 2024, às 8h30, com entrevista coletiva virtual às 10h30;
Estatísticas Fiscais – 7 de março de 2024, às 8h30, com entrevista coletiva virtual às 10h30;
Estatísticas Monetárias e de Crédito – 8 de março de 2024, às 8h30, com entrevista coletiva por meio virtual às 10h30.
O comunicado acima é do Bacen e foi divulgado nesta sexta-feira (23) devido à mobilização dos servidores do Banco Central.
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Após 48 horas de greve (dias 20 e 21/02), a paralisação surtiu efeito com avanços na mesa específica com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
O reajuste salarial proposto pelo MGI foi de até 23% ante os 13% rejeitados pela categoria para salários dos servidores públicos. Se aprovado o reajuste entra em vigor de 2025 a 2026.
Nós conversamos com o presidente do Sindicato Nacional dos funcionários do Banco Central (Sinal), Fabio Faiad Bottini sobre as principais deliberações desta quinta-feira.
Faiad disse que os destaques ficaram com o cancelamento da greve marcada para acontecer na semana que vem nos dias 27 e 28 de fevereiro.
O presidente do Sinal disse que foi “Um gesto da categoria em resposta ao fato de que o MGI, na reunião do dia 21/2, demonstrou respeito ao processo de negociação, tendo apresentado uma proposta a ser avaliada pelos servidores.”
Outro progresso foi em relação ao que foi apresentado no começo do mês dado que alguns pleitos dos funcionários foram contemplados, entretanto, outros pontos muito caros à categoria ainda não foram contemplados. O MGI já indicou estar aberto ao diálogo sobre alguns deles, como o nível superior para os técnicos, releva.
Quando Faiad cita os pontos caros não contemplados, ele se refere a exigência do sindicato para que os técnicos do regulador tenham ensino superior. Algo que hoje não é obrigatório. A retribuição com bônus por produtividade e a manutenção dos 13 níveis da carreira continuam na pauta de exigências.
“Diversos colegas destacaram que esta não é uma demanda dos Técnicos, mas de toda a carreira de Especialista e parte fundamental da agenda de valorização que norteia as mobilizações do corpo funcional”, diz um comunicado do Sinal
Por outro lado, o governo concordou em alterar o cargo de “analista” para “auditor”.
Sobre a proposta do reajuste salarial de 20% a 23%, Bottini conta que o Sinal viu como um avanço e seguirá tentando chegar a um acordo.
A categoria segue mobilizada, com a operação padrão, mas a entrega de funções já ultrapassa 550. E 95% dos participantes concordaram em elaborar na semana que vem uma nova contraproposta.
Enquanto isso, dados, informações, projetos como o desenvolvimento da CBDC brasileira, plataforma Drex e regulamentação do setor de criptoativos sofrem alterações com calendários atrasados. A manutenção do PIX, assim como outros setores do BC devem ser afetados.
Procurado, o Banco Central não se manifestou sobre a paralisação.
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