Bancos vencem queda de braço com fintechs e open banking fica para fevereiro de 2021
Banco Central confirmou que Open Banking começa em fevereiro de 2021.
O Banco Central acabou aceitando um pedido dos bancos do Brasil e adiou a primeira fase do Open Banking para fevereiro de 2021.
O anúncio foi feito pelo Banco Central e o Conselho Monetário Nacional, que escreveram:
“Com os esforços necessários para o combate à pandemia da Covid-19, [as instituições] entenderam que foram impactados os processos de trabalho nas instituições participantes do Open Banking, e que também foi levada em consideração a necessidade de adaptação de sistemas das instituições em razão de outras ações regulatórias, a exemplo do Pix e de registro de recebíveis de cartão.”
O adiamento era defendido pelos grandes bancos desde o começo de novembro, que alegavam não ter tido tempo para adequar seus sistemas com segurança para integrar a primeira fase do sistema, que prevê a portabilidade de dados financeiros e integração de informações em uma só plataforma.
O pedido, porém, desagrada as fintechs, que são teoricamente as principais beneficiárias dos dados compartilhados dos clientes das grandes instituições financeiras. Segundo as fintechs, os bancos hoje exercem o monopólio sobre as informações de seus clientes e o open banking vai permitir mais competição no setor e vai desbloquear produtos financeiros com tecnologias disruptivas.
Segundo o Banco Central, a obrigação de integrar os sistemas é dos grandes bancos, com as instituições menores podendo decidir se vão participar ou não.
Na primeira fase, serão compartilhados os dados de canais de atendimento, produtos e serviços mais comuns das instituições financeiras. Na fase seguinte, entrem dados cadastrais e transações. Já a terceira fase terá compartilhamento de serviços de iniciação de transações de pagamentos e propostas de operações de crédito.
A implementação total do Open Banking deve ser feita até dezembro de 2021, segundo o BC.
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