Do ódio ao amor, agora o banco Itaú recomenda aos clientes ‘Compre Bitcoin e Criptomoedas’
O Banco Itaú, um dos principais bancos do Brasil, está recomendando que seus clientes invistam em Bitcoin e criptomoedas por meio o HASH11, ETF de criptoativos da Hashdex em parceria com a instituição
O Banco Itaú, um dos principais bancos do Brasil, está recomendando que seus clientes invistam em Bitcoin e criptomoedas por meio o HASH11, ETF de criptoativos da Hashdex em parceria com a instituição.
Segundo Martin Iglesias, gerente de recomendação de investimentos do banco, a alocação de cada investidor no mercado de criptomoedas está relacionada com seu perfil.
Assim, para os investidores conservadores a recomendação é ficar longe das criptomoedas devido a sua volatilidade. Já para investidores moderados a recomendação é alocar até 1% das reservas em criptotivos.
Agora se você tem apetite ao risco e é mais arrojado, então o Itaú recomenda aplicar até 2%, mas se você é mais agressivo e está disposto a suportar movimentos bruscos no mercado então a alocação recomendada pelo banco é de até 3%.
“Algumas características tornam mais difícil trabalhar com ETF em recomendação (de carteira). Isso porque há dificuldade de estimar a rentabilidade das criptomoedas. Para outros ativos como renda fixa e ações, há modelos mais elaborados que tentam prever isso”, disse Iglesias.
ETF de criptomoedas chega a R$ 1 bilhão no Brasil
O HASH11 (Hashdex Nasdaq Crypto Fundo de Índice), primeiro ETF de criptoativos da bolsa brasileira, bateu nesta segunda-feira (3) o primeiro bilhão em captação. A marca foi registrada uma semana após o lançamento do fundo na B3.
O HAH11 já conta com R$ 1.040.790.824,81 em patrimônio, número 69% superior aos R$ 615.250.700 captados na oferta inicial liderada pela Genial Investimentos, BTG Pactual, Itaú e Banco do Brasil. Além disso, as cotas do ETF, que estrearam negociadas a R$ 47,20, cada, após o último pregão desta segunda, estavam cotadas a R$ 55,79 – uma alta de 18,1%.
O ETF, que já é o terceiro maior da B3 e conta com 61.500 cotistas e segue o Nasdaq Crypto Index (NCI), índice co-desenvolvido pela gestora brasileira e pela Nasdaq, atualmente composto por seis criptomoedas: Bitcoin, Ethereum, Stellar, Litecoin, Bitcoin Cash e Chainlink.
Itaú muda de opinião sobre Bitcoin
O Banco Itaú é um dos grandes bancos do país que saiu do ódio ao Bitcoin ao amor à criptomoeda. No passado o banco já disse que as criptomoedas são usadas para lavagem de dinheiro e que não tinha qualquer interesse em ter relação com criptomoedas.
“O Itaú entende que moedas virtuais que podem ser trocadas por dinheiro real ou outras moedas virtuais são potencialmente vulneráveis a lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo”, disse o Banco ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica, CADE, ao afirmar que não queria atender empresas com ligação com Bitcoin.
Mas agora o discurso do Itaú é outro e inclusive recomenda a compra de criptomoedas por meio do ETF da Hashdex do qual o Itaú é um dos principais parceiros.
Bancos pioneiros na adoção de criptomoedas
Porém, enquanto o Itaú chega e ja “quer sentar na janela”, os bancos BTG Pactual, Plural e Rendimento são os ‘early adopters’, entre as instituições financeiras, no que se refere à indústria de criptomoedas no Brasil.
No caso do BTG, a instituição trabalha com um token próprio, o Reitz, lastreado em imóveis, desde 2018 e, depois de lançado ao público, o Banco já pagou duas rodadas de rendimentos aos detentores do token.
Recentemente, o BTG também foi o primeiro banco do Brasil a oferecer exposição em criptomoedas aos clientes.
Além disso, o banco comprou a revista Exame e, como uma das primeiras ações, instituiu o portal “Future of Money” que é focado em Bitcoin e criptomoedas.
Já o Plural foi a primeira instituição financeira a ‘abrir as portas’ para as empresas de criptomoedas do Brasil se conectarem ao sistema financeiro via API.
O banco também foi o primeiro a comprar participação em uma empresa de criptomoedas, ao investir recentemente no Mercado Bitcoin, um dos principais clientes da instituição.
O Rendimento por sua vez foi o primeiro grande banco do Brasil a anunciar uma integração com a Ripple em um sistema de remessas financeiras que usam a RippleNet.
Depois do Rendimento, a Ripple ainda anunciou parcerias com Itaú e Bradesco.
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