Banco Central do Brasil regulamenta open banking

A regulamentação do open banking foi autorizada nos últimos dias e o Banco Central do Brasil afirmou que o cenário é importante para a população. A ideia é que as pessoas consigam “montar seu próprio banco”.

Na nova regulamentação, todos os bancos grandes do Brasil ficarão obrigados a participar do open banking. Aqueles que não forem obrigados a participar, contudo, podem ingressar no open banking, desde que atuem com reciprocidade ao ecossistema.

O sistema, de acordo com João André Pereira, Chefe de Regulação do Sistema Financeiro do BC, dará mais poder para os usuários de bancos. A iniciativa deve começar a partir de novembro de 2020, devendo estar totalmente implementado em 2021.

Sede do Banco Central do Brasil
Sede do Banco Central do Brasil – Marcello Casal Junior/Agência Brasil

Banco Central do Brasil afirma que usuários terão mais poder com open banking, regulamentação foi aprovada pelo Conselho Monetário Nacional

O Open Banking, assim como o PIX, é a aposta do Banco Central do Brasil para evoluir o sistema financeiro nacional. Com a criação das criptomoedas, por exemplo, o Bitcoin, os países se viram obrigados a evoluir suas estruturas.

Um dos lemas do Bitcoin é “seja seu próprio banco“, uma vez que os usuários ganham poder sobre suas transferências. Além disso, cada usuário da rede pública da moeda digital pode, de forma transparente, acompanhar e auditar o mercado.

O BC do Brasil, contudo, aposta que as pessoas querem montar seu próprio banco. Ou seja, a ideia do Banco Central é que as pessoas usem a atual estrutura financeira para melhorar as funcionalidades a que deseja ter acesso.

Os grandes bancos serão obrigados a participar do chamado open banking, que é uma plataforma para compartilhar dados de clientes. A iniciativa promete dar mais poder aos clientes de bancos.

Alguns questionamentos foram feitos nos últimos dias ao Banco Central do Brasil sobre a segurança do open banking. De acordo com o BC, a privacidade e segurança da plataforma será sempre aprimorada.

João André afirmou que “o potencial do open banking é gigantesco“, e comparou a nova tecnologia com o uso de inteligências artificiais e blockchain. A ideia do BC é que os usuários “montem seus próprios bancos“, escolhendo quais serviços querem usar de quais empresas.

Instituições bancárias serão integradas, quanto isso é bom, caberá aos clientes decidir

A iniciativa open banking, criada pelo Banco Central do Brasil, é considerada prioridade na atual gestão. Inclusive, o BC afirmou que não irá recuar na inovação, mesmo com a pandemia do novo coronavírus (COVID-19).

O diretor do BC, João Manoel, afirmou que o BC já adiou outros projetos que deveriam ser lançados em breve. Entretanto, o open banking e o PIX são os dois pilares do Banco Central, logo, não será possível adiar esses lançamentos.

PIX, projeto do Banco Central do Brasil
PIX, projeto do Banco Central do Brasil

As fintechs poderão participar do open banking, desde que preencham os requisitos básicos do ecossistema. A ideia é que os clientes de bancos possam ter a escolha de serviços personalizada. Neste ponto, o Banco Central do Brasil afirmou que o open banking será mais arrojado no país do que em outros países até da Europa.

Alguns países que criaram aplicações de open banking ainda não conseguiram fazer o sistema emplacar. Mesmo assim, vários bancos centrais lutam para implementar a agenda, ainda considerada nova no mundo. O Brasil tem acompanhado as experiências e regulamentações de outros países, o que teria ajudado a construir este projeto.

Por fim, fica claro que as instituições bancárias terão uma integração maior, e poderão oferecer melhores serviços. Quando isso é bom e qual a vantagem, caberá a cada cliente decidir.

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