Banco Central do Brasil acusado de corrupção, Bitcoin é solução?
Mais um possível grande escândalo envolvendo entidades financeiras brasileiras veio a tona nesta quinta (03). Os ânimos estão exaltados com a nova delação do ex-ministro do PT, Antônio Palocci. Ainda que as falas do ministro sejam polêmicas, o Banco Central do Brasil foi o alvo da vez, podendo dar destaque ao Bitcoin como solução de segurança.
Afinal, caso seja comprovado que o Copom, órgão do Banco Central do Brasil, tenha repassado informações sigilosas, o prestígio da instituição pode ter sérios problemas. O Copom é o Comitê de Política Monetária do Banco Central, responsável entre outras coisas, pelo controle da inflação brasileira. Este órgão se pronuncia a cada 45 dias para acenar a nova taxa básica de juros da economia, conhecida como Selic.
Dessa forma, o banco deixa claro em sua página que o processo para definir a nova taxa deve ser feita de forma clara e transparente. Apenas assim a “política monetária do BC poderia atingir seus objetivos com eficiência”. A clareza, entretanto, poderá ser questionada caso investigações apontem uma brecha no sistema.
Delação de Palocci coloca em cheque as práticas adotadas pelo Banco Central do Brasil, através do Copom
Claro que o cenário descrito por Palocci em sua delação está alguns anos no passado (entre 2010 e 2012). De acordo com a Folha de São Paulo, Palocci teria informado que Guido Mantega entregava os resultados da ata do Copom para André Esteves. Este último que é sócio do banco BTG Pactual, teria operado, ao mesmo tempo, com informações privilegiadas no mercado financeiro. Os lucros com as operações teriam ultrapassado os 400% na época.
Ainda de acordo com ex-diretores do Banco Central do Brasil, ouvidos pela Uol Economia, a situação é assustadora. Um deles teria dito que o caso é surpreendente, visto que o Ministério da Economia tinha uma “explícita divisão” com o BC.
Além disso, o diretor não identificado pela reportagem afirmou que o Banco Central do Brasil tentava controlar a inflação. Simultaneamente, o Ministério da Fazenda gastava bastante e pressionava o índice de inflação.
Bitcoin pode ser solução para descontrole e corrupção da política financeira brasileira?
Definitivamente o cenário brasileiro está uma bagunça desde a década de 40, com vários zeros já cortados das moedas criadas pelos governos da história brasileira. Com alta inflação, o real brasileiro já perdeu a maior parte de seu valor nos últimos 25 anos. Esse indicador impacta diretamente na população brasileira, que perde poder de compra ano após ano.
Caso as delações de Palocci, que são de um tempo atrás se confirmem, o Copom passará por uma crise de imagem enorme. A população que paga juros pela economia, realiza aportes e investe no país, seja através de impostos ou outras ferramentas, poderá ver no caso uma enorme injustiça. Cabe o destaque que após esse período citado por Palocci, em 2014 o Brasil iniciou uma recessão que ainda não foi curada mesmo após as recentes trocas de governos. As consequências têm sido principalmente uma alta taxa de desemprego e baixa produção industrial, ainda em 2019.
A solução para a população seria encontrar um dinheiro de confiança para uma eventual crise econômica no Brasil. De acordo com o analista financeiro, Thiago Nigro que é conhecido como Primo Rico, o Bitcoin pode ser a ferramenta. O analista comprou recentemente R$ 100 mil em Bitcoins afirmando estar fazendo sua reserva contra crises financeiras.
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