Banco BNY Mellon anuncia que quer incorporar o mundo cripto ao sistema bancário no Brasil com possível suporte a stablecoins

O banco americano BNY Mellon, que também tem atuação no Brasil, anunciou que está trabalhando para incorporar o mundo das criptomoedas ao sistema bancário com possível suporte a stablecoins

O banco americano BNY Mellon, que também tem atuação no Brasil, anunciou que está trabalhando para incorporar o mundo das criptomoedas ao sistema bancário no Brasil com possível suporte a stablecoins, segundo informou o jornal Valor.

De acordo com uma entrevista concedida pelo executivo-chefe global de crescimento do BNY Mellon, Akash Shah, as criptomoedas serão parte do investimento das pessoas e que o banco vem acompanhando esta tendência buscando integrar o mundo cripto com o sistema financeiro tradicional.

 “o cripto será parte dos investimentos das pessoas, da mesma forma que investem em commodities ou outro ativo”.

Shah também destacou que uma das áreas na qual o banco está se debruçando é em possibilitar pagamentos com stablecoins, além da possível integração com CBDCs emitidas por Bancos Centrais, como é o caso do Real Digital no Brasil.

“Essa área, junto com as moedas digitais emitidas por bancos centrais [CBDC, na sigla em inglês], pode ser uma parte importante das finanças internacionais”, afirmou.

Ainda segundo o executivo, o banco também deve dedicar atenção a tokenização de ativos, sem contudo fornecer detalhes de como o banco pretende atuar neste setor.

BNY Mellon e criptomoedas

No caso de stablecoins a relação do BNY Mellon com o setor não é novidade já que a Circle, operadora da USD Coin (USDC), uma das stablecois com maior crescimento no mercado, selecionou o banco como custodiante de suas reservas do USDC.

“Estamos em um ponto na evolução de nosso setor em que a digitalização de ativos apresenta novas e empolgantes oportunidades para uma ampla gama de participantes do mercado. Como custodiante das reservas USDC, nosso papel apoia o mercado mais amplo e agrega valor aos clientes, sobre nosso papel na interseção de confiança e inovação.”, declarou Roman Regelman, CEO de serviços de ativos e chefe de digital do BNY Mellon.

Neste ano o banco também anunciou o desenvolvimento de uma plataforma de custódia de criptomoedas, que permitirá que clientes institucionais ganhem exposição em criptoativos.

De acordo com um relatório da City A.M., os clientes poderão armazenar as criptomoedas mais populares do mundo, Bitcoin (BTC) e Ether (ETH), em carteiras de criptomoedas BNY Mellon, que serão alimentadas pela tecnologia Fireblocks.

No entanto, uma vez concedida a aprovação regulatória, o serviço aumentará gradualmente e integrará uma variedade de ativos tradicionais e digitais tokenizados. No começo de 2022 o banco também anunciou uma parceria com a plataforma de dados blockchain Chainalysis para ajudar a rastrear e analisar produtos de criptomoeda. 

No Brasil o fundo já tem um fundo de investimento em criptomoedas aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários, CVM, o “Trend Bitcoin Dólar FIC FIM“, que é administrado pelo BNY e tem a XP como gestora.

O Trend Bitcoin, diferente de produtos similares como o fundo de Bitcoin da Hashdex ou da QR, não faz custódia de Bitcoin e criptomoedas. Sua exposição ao Bitcoin é feita por meio da compra de cotas de outros fundos em criptoativos ou ETF de criptomoedas, como o HASH11 e o QBTC11.

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