B3 vai negociar ETF de metaverso com Decentraland, The Sandbox, Axie Infinity e outras gamecoins

O NFTS11 será composto por criptomoedas que compõem o índice de mercado de criptomoedas do Metaverso, o MVIS CryptoCompare Media & Entertainment Leaders, administrado pela MV Index Solutions (MVIS)

A Investo, gestora de investimentos aprovada pela Comissão de Valores Mobiliáiros (CVM), anunciou o lançamento de um ETF que irá investir em criptomoedas ligadas ao metaverso.

Chamado de NFTS11 o produto será negociado na B3 e investirá nas principais criptomoedas do setor de mídia e entretenimento localizadas nas principais plataformas do Metaverso como The Sandbox (SAND),  Decentraland (MANA), entre outros.

Segundo anunciou a empresa, o NFTS11 será composto por criptomoedas que compõem o índice de mercado de criptomoedas do Metaverso, o MVIS CryptoCompare Media & Entertainment Leaders, administrado pela MV Index Solutions (MVIS).

Entre as principais criptomoedas listadas no índice estão a Decentraland, The Sandbox, Axie Infinity, Gala, Basic Attention Token, Chiliz e Enjin Coin.

“Vivemos em uma geração em que os mundos virtuais estão gerando uma riqueza para os usuários que passam cada vez mais tempo interagindo em plataformas digitais, e o brasileiro também merece participar dessa riqueza que é criada. É justamente isso que o NFTS11 possibilita – facilitar o investimento em ativos dos mundos virtuais, aproximando os investidores de um mundo com alto potencial”, afirma Cauê Mançanares, CEO da Investo.

O NFTS11, terá taxa de administração de 0,75% ao ano, e o valor de aquisição deste produto é de R$ 100/cota. Além disso, o NFTS11 é tributado como um ETF de renda variável, e há pagamento de 15% sobre o ganho de capital na venda das cotas, e se a operação for de day trade (com compra e venda no mesmo dia), a alíquota será de 20%.

O produto estará em período de reserva, momento destinado para que investidores sinalizem interesse em pelo produto, entre os dias 17 de março a 29 de março de 2022 em seguida, disponibilizado para investidores na B3.

“A Investo traz o NFTS11 ao mercado para ajudar o brasileiro que deseja investir no mercado de criptomoedas ligadas às NFTs, e fazer esse investimento de forma segura, com toda a transparência e segurança que um ETF permite. Dessa forma, o investidor brasileiro pode participar no potencial de investimento que as criptomoedas e as NFTs trazem, utilizando sua corretora de preferência, com um produto regulado pela CVM e Anbima. Ou seja, um produto que pode ser comprado e vendido com a segurança da negociação em Bolsa, como a B3”, explica Cauê.

As principais corretoras que estão trabalhando na divulgação deste produto são: BTG Pactual e Nu Invest, como coordenadores líder, e Modal Mais e Vitreo, como corretoras participantes.

Metaveso também movimentação mercado de emprego

Além do setor de investimento o metaverso também está movimentando o ecossistema de emprego, criando a necessidade de novos profissionais para atuar no desenvolvimento do setor.

Tatiany Melecchi, CEO da Consultoria Transforma People & Performance, relata que já existem profissões direcionadas a profissionais especializados no desenvolvimento de software e códigos, em que eles podem exercer suas habilidades em um projeto que promete revolucionar a indústria.

“As funções de Construtor de Mundos e Desenvolvedor de Avatares, por exemplo, podem ser perfeitas para programadores de jogos ou até mesmo designers. Os construtores são responsáveis por construir os mundos, empresas, locais de eventos, feiras, parques, e todas outras localidades. Enquanto isso, os desenvolvedores de avatares criam todos os visuais que as pessoas poderão escolher para representá-los dentro da plataforma”, revela.

As funções não param apenas no desenvolvimento visual desse novo universo virtual, sendo necessário contar com profissionais capacitados da área de cibersegurança e até mesmo criação de hardware.

“Os construtores de hardware do metaverso são responsáveis pelo desenvolvimento de sensores, óculos virtuais (VR), luvas, câmeras e headsets que são usados para uma maior imersão nesse mundo. Mas é necessário estar atento com a segurança online desse ambiente, que vai contar com os dados de milhões de usuários e empresas. Os profissionais deste setor deverão bloquear ataques em tempo real, garantindo que leis e protocolos de segurança sejam respeitados dentro e fora”, pontua a especialista em marketing. 

O Brasil carece de trabalhadores na área tecnológica, com diversas empresas enfrentando um desafio frequente para encontrar mão de obra qualificada no setor. Tatiany acredita que a introdução do metaverso pode, de alguma forma, movimentar o mercado nacional.

“Até 2024, serão necessários 70 mil especialistas ao ano para ocupar todas as vagas geradas. No entanto, o Brasil capacita apenas 46 mil pessoas aptas para trabalhar na área de TI por ano. Esse déficit é, claramente, um problema para a expansão prevista para o Metaverso nos próximos 10 anos, mas pode ser aproveitada por profissionais qualificados”, relata.

Uma das soluções para essa carência na categoria, é a qualificação de trabalhadores dentro das próprias empresas.

“O Banco BMG, por exemplo, criou uma escola de programação com imersão em projetos reais. Ao concluir o curso, os participantes com alto desempenho são contratados imediatamente pelo próprio banco ou empresas parceiras. Por outro lado, o Google oferece uma série de cursos e certificações de programação e inteligência artificial e acredito que, em breve, disponibilizará cursos voltados ao desenvolvimento do Metaverso. Além disso, existem leis de incentivo, como o Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, que buscam dar estímulos a estas parcerias”, finaliza a CEO.

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