Azul faz acordo de R$ 3 bilhões com mais de 90% de credores

Avião Embraer ERJ-190, da Azul Linhas Aéreas, manobrando na pista do Aeroporto de Curitiba (PR).
Avião Embraer ERJ-190, da Azul Linhas Aéreas, manobrando na pista do Aeroporto de Curitiba (PR). Foto: Adobe Stock Photo

A companhia aérea Azul anunciou na noite de segunda-feira que atingiu acordo com arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos que envolve troca de cerca de R$ 3 bilhões em obrigações de dívida por emissão de novas ações da empresa.

O acordo envolveu 92% “das obrigações de emissão de ação existentes”, afirmou a Azul em fato relevante, que serão trocadas pela emissão única de até 100 milhões de novas ações preferenciais da companhia.

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“Esses acordos representam uma parte significativa de um plano abrangente projetado para fortalecer a geração de caixa da Azul e melhorar sua estrutura de capital no futuro”, afirmou a empresa no fato relevante.

A companhia aérea afirmou ainda que continua em negociações com os detentores dos 8% restantes das obrigações de dívida para negociar a troca pela emissão de ações.

A reestruturação da dívida evita a necessidade de um eventual pedido de recuperação judicial. Os rumores do mercado nas últimas semanas colocavam como opções para a companhia, além de acionar o chamado “Chapter 11”, a lei de recuperação judicial e falências dos EUA, a possibilidade agora confirmada de troca de dívida por ações.

Azul estaria trabalhando com o Citigroup ainda como consultor em um possível acordo de fusão com a Gol. A Azul estaria perseguindo essa potencial fusão como uma opção estratégica separada da atual crise de dívida.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

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