Autoridades apreendem R$ 22 bilhões em BTC, ETH, XRP e outras criptos de maior pirâmide do mundo

Justiça chinesa divulgou o detalhamento da apreensão da pirâmide PlusToken: R$ 22 bilhões distribuídos em nove criptomoedas estão nas mãos das autoridades. Entre elas está o equivalente a 1% da oferta circulante de bitcoin.

A China apreendeu o equivalente a US$ 4,2 bilhões, ou mais de R$ 22 bilhões, em nove criptomoedas diferentes. Os valores foram retidos do PlusToken, conhecido como o maior esquema Ponzi do mundo cripto. As informações são do The Block.

Segundo o site, um documento da Justiça chinesa que veio à tona na última quinta-feira (26) mostra um detalhamento dos valores apreendidos meses antes. Nele, constam, por exemplo, 194.775 BTC, quantidade equivalente a cerca de 1% da oferta circulante da moeda.

Além disso, a apreensão envolveu 833 mil ETH, 1,4 milhão de LTC, 27,6 milhões de EOS, 74,1 mil DASH, 487 milhões de XRP, 6 bilhões de DOGE, 79,5 mil BCH e 213,7 mil USDT. 

A apreensão ocorreu após a condenação da PlusToken no dia 22 de setembro. Na época, a decisão mencionava que:

As moedas digitais apreendidas serão processadas de acordo com as leis e os rendimentos e ganhos serão confiscados ao Tesouro Nacional. 

A especificação de cada valor confiscado, no entanto, só apareceu em um despacho do dia 19 de novembro.

Pirâmide PlusToken teria feito duas milhões de vítimas

A Justiça chinesa informa que a operação da PlusToken começou oficialmente em maio de 2018. O esquema envolvia uma plataforma falsa de negociação de criptomoedas. A promessa aos investidores era de lucro diário acima do mercado. 

Para entrar, era preciso depositar pelo menos US$ 500 (cerca de R$ 2.600) em criptomoedas. Os valores, no entanto, serviam apenas para alimentar os falsos rendimentos de quem havia entrado antes no negócio. A prática, dessa maneira, ficou configurada como pirâmide financeira. 

A tática é a mesma utilizada no Brasil. Empresas como Atlas Quantum, Genbit, Unick e Midas Trend, por exemplo, são acusadas de vender rendimentos provenientes de plataformas que não existem. As criptomoedas, portanto, seriam apenas um pretexto para atrair vítimas.

A PlusToken, entretanto, teria levado ao maior prejuízo no mundo. Estima-se que os fraudadores por trás do esquema tenham enganado mais de duas milhões de pessoas. Além disso, a pirâmide financeira teria se apoderado de 50 bilhões de yuans, o equivalente a mais de R$ 40 bilhões.

Segundo informa o The Block, até o momento 15 pessoas envolvidas no esquema foram condenadas de dois a 11 anos de prisão. Além disso, eles devem pagar multas entre US$ 100 mil e US$ 1 milhão cada. 

As autoridades chinesas também buscam bens passíveis de apreensão. Familiares dos golpistas teriam usado o dinheiro do esquema de pirâmide para comprar, por exemplo, carros de luxo e diversas propriedades na China. Até apólices de seguro em Hong Kong teriam sido adquiridas com recursos fruto da fraude.

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