Empresa australiana de pagamentos é nova parceira da Binance no Brasil para transferências via Pix

Empresa de pagamentos especializada em criptomoedas, Banxa chega ao Brasil para atender exchanges estrangeiras em atuação no país, intermediando a integração destas empresas com o Pix.

Empresa de pagamentos de origem australiana e atuação global, a Banxa chega ao Brasil para fazer a intermediação de transferências de valores entre investidores locais e exchanges estrangeiras, inclusive através da integração com o Pix, sistema de transferências instantâneas do Banco Central, informou reportagem do InfoMoney publicada .

A Binance, exchange de criptomoedas líder do mercado brasileiro, está entre os parceiros comerciais da Banxa no Brasil. No momento, já é possível comprar criptomoedas na Binance via Pix utilizando o sistema da Banxa. Saques em real, no entanto, ainda não estão autorizados. Por enquanto, os clientes da exchange têm a opção de realizar saques via Pix exclusivamente através da Latam Gateway.

A suspensão temporária dos saques dos clientes em junho, devido à quebra do contrato firmado com o Banco Capitual para intermediação das transferências, fez com que a Binance perdesse 31% do mercado de transações de compra e venda de Bitcoin, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil na ocasião.

De acordo com o CEO da Banxa, Holger Arians, a empresa está encaminhando os trâmites necessários para expandir os serviços disponibilizados pela empresa no Brasil. Muito em breve os parceiros da Banxa no país terão integração completa com o Pix. 

Ainda segundo Arians, o objetivo da Banxa é se tornar o principal intermediário entre exchanges de criptomoedas em operação no país e o sistema bancário, de acordo com os parâmetros a serem estabelecidos pelo marco regulatório brasileiro:

“Temos capital aberto no Canadá, somos auditados, temos um conselho independente. Adotamos sempre o caminho dos reguladores – e eles gostam disso. O Brasil tem um potencial imenso, faz parte de um ecossistema mais amplo na América Latina. Estamos aumentando nossos esforços na região.”

Além da Binance, a o sistema da Banxa está integrado às exchanges Kucoin, Huobi, BitMex, Deribit e Gate.io, entre outras. Além disso, é compatível com as carteiras digitais frias fabricadas pelas líderes do mercado Trezor e Ledger.

Inverno cripto

Embora esteja em processo de expansão com foco no mercado brasileiro, a Banxa também passou por uma reestruturação interna recentemente devido ao declínio do mercado de criptomoedas na primeira metade de 2022. Em junho, a empresa anunciou a redução de sua equipe de funcionários de 230 para 160 pessoas, de acordo com uma reportagem do Decrypt.

Na ocasião, o CEO justificou as demissões em função do inverno cripto e da consequente queda das receitas operacionais da empresa:

“Como muitas outras empresas em nossa indústria, estamos antecipando um novo inverno cripto, com volumes de negociação caindo significativamente. Vimos a capitalização de mercado do Banxa praticamente cair pela metade em questão de dias, e a previsão é que essas condições provavelmente se estendam por mais 12 meses.”

De acordo com dados da empresa disponíveis no LinkedIn, a Banxa tem funcionários em sete países diferentes, incluindo Austrália, Lituânia, Holanda, Filipinas, EUA, Reino Unido e Canadá. No momento, a empresa possui seis vagas em aberto, mas nenhuma para a América Latina.

Quem também demonstrou interesse no mercado brasileiro e latinoamericano recentemente foi Sam Bankman-Fried, CEO da FTX, principal rival da Binance no mercado global. Inclusive, o mais jovem bilionário da indústria de criptomoedas não descartou a possibilidade de fazer aquisições de empresas brasileiras em um futuro próximo.

LEIA MAIS

Você pode gostar...