IoT: Austrália bate recorde com internet a 44,2 Tbps equivalente a baixar 1 mil filmes HD em um segundo

Pesquisadores na Austrália consegue velocidade de conexão recorde que poderá ser usada para habilitar dispositivos em Internet das Coisas

Enquanto você fica aí reclamando que sua internet é muito lenda uma pesquisa feita na Austrália registrou um novo recorde mundial de conectividade 44,2 terabits por segundo (Tbps).

Desta forma, com a velocidade de conexão alcançada, é possível baixar 1 mil filmes HD em um segundo.

Para comparação, a média de velocidade de internet no Brasil é de 18,5 Mbps, para download, o que deixa o país em 71º lugar no mundo, 

O feito foi conseguido graças a uma pesquisa conduzida em conjunto por três universidades da Austrália e foi publicado na revista Nature Communications.

No estudo a velocidade foi atingida “apenas” com o uso de um cabo de fibra ótica e um só processador.

Segundo os pesquisadores o estudo pode habilitar, sem grandes investimentos, a estrutura atual de internet para o nascimento real da indústria de Internet das Coisas (IoT).

Chip de Luz

Contudo, o grande feito da pesquisa foi usar um chip fotônico – um chip que funciona com luz, em vez de eletricidade.

“O que nossa pesquisa demonstra é a capacidade de as fibras ópticas que já temos instaladas no subsolo se tornarem a espinha dorsal das redes de comunicações agora e no futuro. Desenvolvemos algo escalável para atender às necessidades futuras”, disseram os pesquisadores.

Os pesquisadores usaram o novo dispositivo, conhecido como micropente, que substitui 80 lasers por um único equipamento.

O micropente vai dentro das fibras opticas, funcionando como um arco-íris composto por centenas de lasers infravermelhos – tudo em um único chip.

Cada laser é usado como um canal de comunicação independente.

Internet das Coisas

“E não é apenas sobre Netflix que estamos falando aqui – é a escala mais ampla para a qual usamos nossas redes de comunicação. Esses dados podem ser usados para carros autônomos e transporte futuro e podem ajudar a medicina, educação, finanças e indústrias de comércio eletrônico, além de nos permitir ler com nossos netos a quilômetros de distância,” disse Bill Corcoran, co-autor da pesquisa.

Para fazer os testes os pesquisadores instalaram 76,6 km de fibras ópticas entre as universidades RMIT e Monash.

“A longo prazo, esperamos criar chips fotônicos integrados que possam permitir que esse tipo de taxa de dados seja alcançada através de links de fibra óptica existentes com custo mínimo”, disse o professor Arnan Mitchell.

Ainda segundo os pesquisadores, inicialmente, a intenção é disponibilizar a tecnologia para data centers e empresas de dados.

Contudo, ainda de acordo com os pesquisadores, a tecnologia, com o avanço dos anos deve baixar seu custo e ser implantada para uso comercial pelo público

“Em geral em todas as cidades ao redor do mundo”, finalizou Mitchell.

Blockchain e IoT

Blockchain tem sido apontada por especialistas como ‘espinha dorsal’ para aplicações em IoT na medida em que ela cria um layer seguro para que os dados e transações possam ser executadas. Pensando nesse ‘futuro’ de dispositivos compartilhando dados entre si projetos como a  IOTA foram desenvolvidos.

“Blockchain permitirá que os ecossistemas de IoT rompam com o tradicional paradigma de redes centralizadas baseadas em conectores, onde os dispositivos dependem de um servidor central na nuvem para identificar e autenticar dispositivos individuais”, destacou recentemente Robson Rocha, da Tivit.

Para ele, além disso, as redes centralizadas são difíceis de estabelecer em muitos setores industriais, como grandes fazendas, onde os nós IoT se expandirão em áreas imensas com escassas redes de conectividade.

“O Blockchain permitirá a criação de malhas de redes mais seguras, nas quais os dispositivos IoT se interconectam de forma confiável, evitando ameaças como a falsificação de dispositivos e a personificação”, finalizou.

A união entre internet das coisas (IoT) e blockchain promete revolucionar o modo como interagimos com as máquinas e os objetos, segundo destacou a noomis, plataforma de notícias da Febraban.

A integração entre as tecnologias promete transformar as interações entre utensílios eletrônicos, elétricos e mecânicos, ao possibilitar a interconexão inteligente entre eles, em todos os lugares. E isso deve mudar também a relação das pessoas e empresas com seus ambientes.

Segundo a publicação blockchain pode fornecer o layer de segurança para que os dados dos dispositivos interconectados possam se comunicar garantindo a integridade das informações.

“Para que a IoT cumpra a promessa de conectar, até 2025, cerca de 42 bilhões de dispositivos, incluindo máquinas, sensores e câmeras, ela dependerá da computação na ponta. Diferentemente dos sistemas de IoT atuais, cuja arquitetura é baseada em um servidor centralizado, o que os torna vulneráveis a falhas em um único ponto da rede, o blockchain funciona como uma espécie de livro-razão distribuído de transações e comunicação entre os “nós” das redes IoT. Ao armazenar a lista de transações, criptografadas, em diversos servidores participantes da rede, o blockchain aumenta sua segurança e confiabilidade”, destacou a publicação.

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