Procurador Geral da República, Augusto Aras, destaca uso de Bitcoin para lavagem de dinheiro em reunião dos Brics

Procurador Geral da República afirma em reunião dos Brics que Brasil vem investindo em aperfeiçoamento para impedir o uso de Bitcoin e criptomoedas para lavagem de dinheiro

O Procurador Geral da República, Augusto Aras, destacou recentemente em uma reunião dos Brics como os Procuradores da República vem buscando aperfeiçoamento para lidar com os novos ‘crimes digitais’.

Entre eles, Aras destacou o uso de Bitcoin e criptomoedas para lavagem de dinheiro.

O discurso de Aras foi proferido durante o painel “Combatendo o uso das tecnologias para fins criminosos, inclusive para a disseminação de ideologias terroristas e extremistas”, na 4ª Reunião dos Chefes de Ministérios Públicos do BRICS.

Aras reforçou que a Procuradoria da República vem realizando capacitações e treinamentos para que as equipes possam lidar com as novas ‘tramas’ da tecnologia como a disseminação de desinformação e fake news para manipulação de processos eleitorais, ataques hackers e a utilização de malwares e também o uso de criptoativos para lavagem de dinheiro.

“Nossos órgãos de inteligência e segurança nacional estão preparados e têm aprimorado o monitoramento de riscos, de modo a desmobilizar e prevenir o surgimento de células terroristas ou “lobos solitários” em todo o território nacional.Capacitações e treinamentos também nesta temática, envolvendo importantes parcerias internacionais, permitem aos Procuradores da República e aos peritos de nossas equipes uma melhor compreensão dos novos desafios como a utilização de criptoativos para lavagem de dinheiro… Em todos esses temas, a cooperação internacional e interinstitucional é a chave para o sucesso”, afirmou.

Blockchain

Dentro do objetivo de melhorar as formas de combater crimes como o de lavagem de dinheiro citado por Aras, o Governo Federal pretende usar a principal tecnologia das criptomoedas, a blockchain.

Assim, segundo documento obtido pelo Cointelegraph, os estudos para o uso de uma sistema em DLT dentro da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA) seguem apesar da crise do coronavírus.

Ainda segundo o documento, reuniões realizadas entre os participantes da ENCCLA têm sido vistas como “promissoras” sobre o uso de blockchain.

O documento, que o Cointelegraph teve acesso, é parte de uma Ata de uma das reuniões do ENCCLA e nele o destaque sobre blockchain revela os avanços do grupo em torno da tecnologia.

“DRCI relata que, em janeiro de 2020, participou de Reunião do G-20, foi definido pelo G-20 a carta de princípios a respeito do uso de tecnologias para o combate à lavagem de dinheiro, então no mesmo ano em que o G-20 está colocando o assunto como um foco da sua atuação, tem se também na ENCCLA uma Ação sobre esta temática. O G-20 tratava de forma mais abrangente das tecnologias no combate à lavagem de dinheiro e a ENCCLA tratando especificamente de tecnologias como blockchain. Solicita manifestação da AGU sobre os trabalhos da coordenação da Ação.”, diz o documento.

Confira o discurso completo de Aras no Brics

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