Exchange argentina Lemon Cash chega ao Brasil com app que promove integração entre Pix e Bitcoin

Lançamento do aplicativo da Lemon Cash está previsto para ocorrer na última semana de julho e a adesão já pode ser feita mediante cadastramento em uma lista de espera fechada.

A exchange de criptomoedas argentina Lemon Cash anunciou que até o final de julho iniciará oficialmente suas operações no Brasil e promete oferecer como diferencial aos usuários locais uma ferramenta que vai permitir a integração direta entre o Pix e o Bitcoin (BTC) e outras criptomoedas, informou reportagem publicada pelo Valor Econômico nesta quinta-feira, 16.

O recurso permitirá que os clientes da exchange recebam transferências feitas através do Pix em sua conta pessoal na plataforma e realizem a conversão para a criptomoeda de sua preferência através de uma ferramenta de swap. A operação inversa também poderá ser realizada, com a conversão das criptomoedas em reais para transferências via Pix.

Com isso, explicou Marcelo Cavazzoli, CEO da Lemon Cash, “você pode manter suas economias em Bitcoin e quando quiser comprar algo basta converter para reais”, completou. Além deste serviço que deverá estar disponível já no lançamento do aplicativo, mais adiante a exchange pretende oferecer um cartão de crédito debitado diretamente sobre o saldo de criptomoedas das carteiras dos clientes, acrescentou o executivo:

“Você pode pagar com Bitcoin, Ethereum, USDT (Tether), USDC (USD Coin) ou qualquer criptomoeda de sua preferência. Se decidir manter suas economias em Ethereum, por exemplo, cada vez que você usar seu cartão seus Ethereums são convertidos em reais e você usa.”

Outra inovação que a Lemon Cash pretende introduzir no mercado brasileiro é uma espécie de CDI em criptomoedas. Na prática, os clientes da empresa podem optar por receber os juros equivalentes ao rendimento do CDI em criptomoedas.

A Lemon Cash é uma das principais exchanges da Argentina, onde possui mais de 1 milhão de clientes. A empresa responde por 30% dos downloads de todos os aplicativos dedicados a criptoativos do país, à frente da gigante global Binance.

No momento, afirma Cavazzoli, o projeto de expansão da Lemon Cash concentra-se prioritariamente no Brasil, a ponto de ele ter se mudado para o país para chefiar o início das operações da exchange por aqui.

A integração do Bitcoin com o Pix e o oferecimento de rendimentos atrelados ao CDI é uma forma de se adaptar a cultura local, afirma o executivo, destacando que o plano de negócios da exchange prevê a contratação de 100 funcionários brasileiros até o final do ano que vem:

“Muitas empresas estão subestimando o Brasil. Elas generalizam os problemas da América Latina e oferecem soluções como carteira dolarizada, mas os brasileiros não pensam em dólares como os argentinos. O brasileiro pensa em PIX, ele pensa em CDI. Essa aproximação com o usuário, o mercado, o contexto e a cultura são nossos maiores diferenciais.”

Apesar do momento desfavorável do mercado, Cavazzoli mantém o foco no longo prazo. Uma versão beta do aplicativo da empresa já está disponível para os brasileiros. Usuários interessados em aderir ao Lemon Cash imediatamente após seu lançamento oficial precisam participar de uma lista de espera fechada, cujo cadastramento depende de um convite de um usuário previamente registrado.

Esse modelo é baseado em uma estratégia de gamificação que prevê bonificações para aqueles usuários que conseguirem atrair um número maior de potenciais clientes para a plataforma. Os benefícios vão desde NFTs (tokens não fungíveis) a um Bitcoin inteiro. Interessados em participar do lançamento da exchange têm até 15 de julho para aderir à lista de espera.

Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil, o mercado brasileiro de exchanges de criptomoedas está cada vez mais competitivo. Além da chegada de grandes players internacionais ao país, como a norte-americana Coinbase e a espanhola Bit2Me, diversas instituições financeiras locais do mercado tradicional já anunciaram que passarão a oferecer negociação de criptoativos aos seus clientes em breve, incluindo Nubank, BTG Pactual e XP.

LEIA MAIS

Você pode gostar...