Empresa estatal da Argentina aproveita gás natural excedente e fornece energia para mineração de Bitcoin
Operação piloto começou há três meses pela estatal YPF, que está fornecendo 1 megawatt para uma mineradora no sul do país.
A YPF Luz, braço energético da estatal argentina YPF, revelou no último domingo (2) que iniciou um projeto piloto, há três meses, relacionado ao fornecimento de 1 megawatt (MW) de energia para uma empresa internacional de mineração de Bitcoin (BTC). À agência de notícias Télam, o CEO da YPF Luz, Martín Mandarano, disse que a energia fornecida tem como origem o gás residual da produção de petróleo em Vaca Muerta, ao sul do país, região conhecida pelos recursos de óleo e gás de xisto.
Sem revelar o nome da mineradora de Bitcoin, Mandarano acrescentou que a estatal planeja abrir um segundo piloto até o fim do ano, com 8 MW de potência na área de Bajo del Toro, e qualificou a iniciativa como uma visão de sustentabilidade e oportunidade de negócios pela queima do gás natural que, segundo ele, não pode ser aproveitado durante a exploração do petróleo.
Mandarano argumentou que os equipamentos utilizados para a mineração de Bitcoin são portáteis e modulares, podendo ser transportados rapidamente. O que é muito mais viável do que a construção de linhas de transmissão de centenas de milhares de quilômetros entre a produção e os centros consumidores.
Ele disse ainda que o pagamento feito pelas empresas pela energia fornecida está atrelado no preço do Bitcoin ou no preço fixado pela empresa, embora ele não tenha especificado em que condições a YPF Luz se paute para escolher entre uma forma e outra.
No final de setembro, a gestora New Asset anunciou o aporte de R$ 10 milhões em uma mineradora fundado por um brasileiro na Argentina, onde outras empresas internacionais já desembarcaram, como a canadense Bitfarms, que começou a expandir suas operações na Argentina no ano passado apostando na redução de custos de mineração de BTC, conforme noticiou o Cointelegraph.
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