Argentina se junta aos EUA para diminuir dependência de metais chineses
A Argentina assinará um acordo com os EUA para atrair mais investimentos na exploração de minerais essenciais, disse uma autoridade do Departamento de Estado. A iniciativa faz parte de um esforço para criar cadeias de fornecimento desses metais que não envolvam a China.
O governo do presidente Javier Milei assinará o acordo durante uma visita do subsecretário de Estado dos EUA José Fernández à Argentina nesta semana. O país sul-americano tem vastas reservas de cobre e lítio, mas só explorou uma pequena parte.
O acordo facilitará para a Argentina trabalhar com países da Parceria de Segurança de Minerais (MSP, na sigla em inglês), grupo liderado pelos EUA que conta com a participação de 14 países e da União Europeia. A estratégia visa diminuir a dependência da China em relação aos minerais usados em baterias de veículos elétricos e painéis solares ao vincular investidores estrangeiros a projetos de mineração e aderir a padrões ambientais rigorosos.
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“É uma maneira da Argentina literalmente vender a ideia para 14 países e a UE de uma só vez”, disse Fernández em uma entrevista antes do anúncio. “Os países produtores querem os tipos de investimentos que estamos propondo, investimentos que beneficiarão comunidades, que trarão crescimento, que observarão as leis nacionais.”
Lançado em 2022, o projeto de parceria de minerais liderado pelos EUA resultou até agora em conversas de alto nível, mas poucos investimentos tangíveis. E, enquanto Milei está inflexível sobre se alinhar com Washington, será difícil tirar a Argentina da órbita de Pequim, dado que a China é seu maior parceiro comercial depois do Brasil.
O acordo de minerais não aborda a incapacidade da Argentina de se qualificar para incentivos para produção de lítio sob a Lei de Redução da Inflação dos EUA de 2022, uma lei que visa, em parte, acelerar a adoção de veículos elétricos. A Argentina atualmente está impedida de acessar estes benefícios porque não tem um acordo de livre comércio com os EUA. As autoridades argentinas têm buscado um programa do gênero.