Após quebrar recorde no Brasil, bitcoin pode chegar rápido aos R$ 250 mil, diz especialista
O bitcoin acaba de alcançar um novo marco histórico no Brasil ao romper os R$ 200.000.
Aliás, o caminho até aqui foi mais rápido do que muitos imaginavam. Se o bitcoin levou mais de 11 anos para alcançar 100 mil reais no Brasil, em pouco menos de 2 meses, a criptomoeda foi capaz de dobrar esse valor.
Isso reflete o amadurecimento do bitcoin que desde o final de 2020, segue em um rali que ainda não deu indícios de desaceleração.
No Brasil, o bitcoin rompeu a marca de R$ 200.000 por volta das 00h30 desta quinta-feira, 7 de de janeiro de 2020, conforme dados do CoinGecko.
Entretanto, já na noite de quarta-feira (6), algumas exchanges nacionais registravam valores que ultrapassaram R$ 200 mil. Depois disso, o preço do bitcoin continuou a crescer e agora está sendo cotado por cerca de R$ 208 mil.
O desempenho acompanha a alta do bitcoin no dólar, que nesta manhã estabeleceu um novo all-time-high de US$ 39,422. Neste ritmo, o BTC pode romper 40 mil dólares a qualquer momento a partir de agora.
O que vem pela frente
De acordo com Bernardo Quintão, diplomata da exchange Mercado Bitcoin, os brasileiros não vão precisar esperar muito para ver o bitcoin registrando novos marcos importantes frente ao Real.
“O bitcoin poderá atingir os R$ 250 mil rapidamente. O que está movimentando o mercado atualmente é o fluxo de clientes institucionais, tesourarias de empresas e indivíduos de alta renda. Este fluxo não parece estar próximo de terminar, não há sinais sequer de estar desacelerando.”
Para Alexandre Vasarhelyi, gestor do fundo de investimentos BLP Crypto, o bitcoin mira agora alcançar os 100 mil dólares.
“Na análise técnica, o próximo ponto importante é o 100 mil dólares. Isso não significa que o bitcoin vai para 100 mil dólares amanhã, mas quer dizer que daqui para frente é o que eles chamam de ‘uncharted territory’, não tem mais nenhum ponto amarrando o bitcoin.”
Muito tarde para comprar bitcoin?
Mesmo que o bitcoin esteja em alta, ainda não é tarde para começar a investir na criptomoeda. De acordo com Vasarhelyi:
“Ainda um número muito pequeno de pessoas tem bitcoin na carteira, então não é tarde ainda. A criptomoeda vai estar madura quando, por exemplo, em uma mesa de jantar, metade das pessoas tiverem bitcoin no portfólio. Mas isso ainda não está no nosso futuro próximo, vai demorar alguns anos para acontecer.”
Conforme o especialista do Mercado Bitcoin, Bernardo Quintão, comprar bitcoin não é “entrar numa moda ou surfar uma onda”. É, na verdade, uma forma de proteger um patrimônio de riscos monetários, tanto nacionais quanto globais.
“Vários fatores devem ser levados em conta numa alocação de portfólio, mas a segurança e proteção do patrimônio construído devem ser prioridade versus ganhos momentâneos com ativos especulativos.”
Sobe ou desce?
De acordo com Quintão, quando o bitcoin está em alta como agora, sendo cotado acima de R$ 200.000, é normal presenciar correções no seu preço.
“Acredito que o preço continuará subindo enquanto o fluxo que estamos observando continuar. Correções pontuais de 10-15% são comuns nesse ambiente de alta. Uma correção mais significativa poderá acontecer caso o cenário mude, como por exemplo, novidades no âmbito regulatório global.”
A longo prazo, no entanto, a tendência é de crescimento constante. O especialista tem a expectativa de que o preço do bitcoin alcance 1 milhão de reais daqui dois ou três anos.
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