Após balanços corporativos, bolsas sobem no mercado internacional

Mais de 30 balanços do setor corporativo foram divulgados, bolsas sobem no mercado internacional e investidores aguardam divulgação de PPI

O Stoxx 600 na Europa caminha para o oitavo pregão consecutivo de alta, mesmo com o resultado abaixo do esperado da produção industrial dentro da Zona do Euro, com recuo de 0,3% no mês de julho. Os indicadores econômicos no Reino Unido saíram mistos e houve um declínio de 0,1% do FTSE.

Nos Estados Unidos, S&P500 e Dow Jones retornam a subir no mercado de futuros. Ainda serão divulgados os principais dados como índice de Preço ao Produtor (PPI, em inglês) e pedidos de seguro desemprego. São esperados 375.000 pedidos e PPI com inflação mensal de 0,6% e de 7,3% na comparação anual. 

Se o número de pedidos do seguro desemprego ficar muito abaixo da estimativa e a inflação muito acima, pode aumentar a pressão para reduzir os estímulos por parte do Federal Reserve (Fed). A presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, defendeu em entrevista ao Financial Times, a redução de estímulos até o final de 2021 com expectativa na recuperação econômica dos Estados Unidos. Com as perspectivas do mercado americano, traders estão atentos às oportunidades de trading e avaliam se as pressões são transitórias ou não.

No Brasil, o dado mais esperado foi o de crescimento do setor de serviços. Segundo a Pesquisa Mensal de Serviço (PMS, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada hoje, o volume de serviços no país avançou 1,7% em junho em relação a maio. 

Em comparação com junho de 2020, o volume de serviços avançou 21,1%, sendo a quarta taxa positiva consecutiva. No acumulado do ano, o crescimento do setor foi de 9,5% em comparação ao mesmo período de 2020. A trajetória manteve-se ascendente ao passar de -2,1% em maio e 0,4% em junho. Apesar do avanço no setor, ainda se encontra 9,1% abaixo do recorde histórico de novembro de 2014. As estimativas de acordo com o consenso Refinitiv era de alta de 0,2% em comparação a maio e 11,5% anual. 

O desempenho levou em conta cinco atividades investigadas, destacando principalmente os serviços de informação e comunicação (2,5%), que bateu o ponto mais alto da sua série. Outros serviços que se sobressaíram foram transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios (1,7%) e serviços prestados às famílias (8,1%).

Os serviços de menores impactos no índice geral foram serviços profissionais, administrativos e complementares (1,4%) e outros serviços (2,3%). Os índices mostraram crescimento acumulado entre maio e junho, de 3,3% para serviços profissionais, administrativos e complementares e 3,5% para outros serviços.

Em junho, 23 unidades da federação tiveram aumento no volume de serviços em comparação a maio. Os locais que mais se destacaram com taxas positivas foram: Rio de Janeiro (5,4%), São Paulo (0,5%), Minas Gerais (2,4%), Rio Grande do Sul (3,4%) Pernambuco (5,4%), Santa Catarina (3,1%) e Distrito Federal (3,3%). As unidades que apresentaram retração no período foram Mato Grosso (-5,0%), Bahia (-0,8%) e Tocantins (-1,8%). Alagoas permaneceu estável (0,0%).

Na bolsa brasileira, os destaques devem ficar entre as reações de mais de vinte balanços divulgados na noite de quarta-feira (11):

B3 (B3SA3)

Por ser a responsável pela administração da bolsa e uma das participações mais importantes na Ibovespa, a B3 registrou receita líquida de R$ 2,36 bilhões e lucro líquido de R$ 1,19 bilhão.

SUZANO (SUZB3)

Outra surpresa positiva para o mercado, a Suzano superou o consenso da Bloomberg de R$ 8,54 bilhões, fechando seu lucro líquido em R$ 10,04 bilhões. No primeiro trimestre deste ano, a empresa teve prejuízo de R$ 2,05 bilhões. 

JBS (JBSS3)

A empresa ficou quase R$ 5 bilhões abaixo do lucro líquido esperado, fechando em R$ 4,38 bilhões. A receita líquida, no entanto, superou as estimativas e ficou em R$ 85,6 bilhões de reais.

Nesta quinta-feira são esperados mais 30 balanços. Entre os mais aguardados estão Magazine Luiza (MGLU3), Azul (AZUL4), BRF (BRFS3), Renner (LREN3) e Cyrela (CYRE3).

Magazine Luiza (MGLU3)

O resultado da empresa está previsto para depois do encerramento do pregão e terá como pano de fundo o crescimento da Via (VVAR3). No segundo trimestre, a receita líquida da empresa teve crescimento de 49,2% para R$ 7,88 bilhões. O lucro líquido ficou em R$ 132 milhões.

Renner (LREN3)

A Renner integra o time de principais varejistas de moda do Brasil e os resultados que deve apresentar é de lucro líquido de R$ 165,5 milhões, com receita operacional de R$ 2,38 bilhões. A estimativa é do consenso Bloomberg.

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