Apenas 0,15% das transações com criptomoedas são ilegais, diz relatório
A Chainalysis, empresa de pesquisas sobre o mercado cripto, revelou em um novo relatório que apesar do número de transações ter sido o maior da história, apenas 0,15% estão relacionadas a atividades ilícitas.
O texto 2022 Crypto Crime Report analisa transações com criptomoedas durante o ano de 2021. O volume de transações ilícitas quase dobrou quando comparado com 2020, 14 bilhões de dólares contra 7.8 bilhões de dólares. Entretanto, o aumento nominal só foi tão grande porque o crescimento no número de transações cresceu em 567%, para 15,8 trilhões de dólares.
“Dada essa adoção em massa, não é surpresa que mais criminosos estejam usando criptomoedas. Mas o fato de que o aumento no volume de transações ilícitas foi só de 79% – quase uma ordem de magnitude abaixo da adoção geral – talvez seja a maior surpresa de todas”, afirma a nota.
Apesar disso, a Chainalysis reconhece que apesar de representar uma parcela pequena de transações, o valor ainda pode ser considerado alto, “o abuso criminal dos criptoativos cria barreiras enormes para sua adoção, aumenta a possibilidade de restrições serem impostas pelos governos, e o pior de tudo, vitimiza pessoas inocentes”.
No final, a companhia afirma que tais descobertas são muito importantes para investigações e possíveis apreensões de criminosos de ativos digitais. Ao contrário de roubos físicos, a empresa nota, crimes com criptoativos podem ser rastreados através do blockchain, por ser uma rede pública e transparente de dados.
Um exemplo disso pôde ser visto na semana passada, quando a justiça norte-americana prendeu um casal acusado de lavar criptomoedas conectadas ao hack da Bitfinex em 2016. Os 119.756 bitcoins – no valor de US$ 72 milhões no momento em que os hackers violaram a segurança na exchange em agosto de 2016 – agora estão avaliados em mais de US$ 5,1 bilhões.
“Em um esforço inútil para manter o anonimato digital, os réus lavaram fundos roubados por meio de um labirinto de transações de criptomoedas. Graças ao trabalho meticuloso da aplicação da lei, o departamento mais uma vez mostrou como pode e seguirá o dinheiro, não importa a forma que ele assuma”, comentou a procuradora-geral Lisa Monaco.
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