Quer fugir do ‘Risco Brasil’ e parar de perder dinheiro, então o Bitcoin é sua alternativa, aponta Andrey Nousi, ex-VP do JPMorgan

Ex-VP do JPMorgan defende bitcoin como alternativa ao Risco Brasil

Ao contário de seu colega de presidência, Jamie Dimon, que “odeia” o Bitcoin e é um crítico ferrenho do criptoativo, o ex-VP do JPMorgan na Suíça, Andrey Nousi, destaca que a criptomoeda é um hedge seguro importante.

Assim,  em videoconferência realizada pela QR Asset Management, gestora de criptoativos, que o bitcoin é uma opção para quem “não quer mais estar exposto ao Risco Brasil”.

“O avanço das criptomoedas é notório. Passou por um momento de bolha em 2017 e 2018 e agora está muito melhor, uma vez passada aquela euforia irracional. E agora está sendo muito mais aceito até mesmo pelos big players”, observou Nousi.

O ex-vice presidente do JPMorgam completou que o Bitcoin é uma das opções para preservar o valor do dinheiro, assim com o ouro e o dólar.

“Quando você não quer mais estar exposto ao Risco Brasil, você manda seu dinheiro para fora. Agora, o que você vai fazer com esse dinheiro? Existe uma série de oportunidades, como ouro, dólar e bitcoin”, disse.

Bitcoin

Entre os entusiatas do Bitcoin como reserva de valor há quem diga que o BTC supera o dólar e o ouro como hedge seguro, principalmente nesse momento de instabilidade em que os bancos centrais – inclusive o americano – estão injetando dinheiro na economia, fazendo com que as moedas fiduciárias desvalorizem.

Porém para Nousi, a economia americana ainda é a mais forte do mundo, garantindo o dólar como ativo de reserva.

“Com o aumento da dívida pública americana via injeção de dinheiro, jorrou dinheiro na economia. O mercado olha e pensa ‘se tem muita oferta de papel, a tendência é esse papel perder valor daqui pra frente’. Mas a economia americana ainda é a mais forte do mundo. Acredito que o dólar só despencaria em um cenário em que houvesse uma alternativa”, pontuou.

Moedas fortes

No entanto, pesquisas recentes mostram que o ouro e o dólar não são mais tão ‘moedas fortes’ como antes.

Investimentos em ouro têm ficado menos valiosos, assim como o poder de compra de uma onça de ouro e de U$ 1 tem diminuído ao longo do tempo.

Os dados são do Banco Mundial, das plataformas de compra e venda de metais preciosos GoldMoney e London Bullion Market Association (LBMA), e do U.S. Geological Survey.

No entanto, apesar do dados, Nousi destaca que ainda existem barreiras de conhecimento para uma aceitação em massa do bitcoin e das demais criptomoedas.

“Um dos maiores problemas para a aceitação do mainstream é o conhecimento. As pessoas não gostam de investir no que não conhecem. Tem um trabalho forte de educação para ser feito. Mas, a partir do momento em que se entende os benefícios que existem ali por trás, fica clara a decisão de que é algo que veio pra ficar”, finalizou.

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